Cali – Com um chamado a acabar com o racismo, a discriminação e as injustiças, a Colômbia abriu ontem o primeiro Encontro Ibero-americano de Culturas e Comunidades Afrodescendentes, dirigido a contribuir para o reconhecimento desta população.
O encontro termina hoje e tem a participação de 30 especialistas em temas afro, provenientes de 15 países. No ato inaugural, o representante do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos na Colômbia, Christian Salazar, opinou que o Governo deve centrar-se no combate à discriminação imperante no país.
Admitindo que a situação atual demonstra que as comunidades afro se encontram abaixo das condições básicas de qualidade de vida (especialmente no acesso à educação e a serviços públicos), o Vice-Presidente da República, Angelino Garzón, se comprometeu em iniciar um diálogo social com as comunidades afrodescendentes antes de 30 de outubro.
Na Colômbia, os afrodescendentes são a porção mais vulnerável da população: à pobreza e à exclusão, soma-se o conflito armado, que coloca esta comunidade entre o fogo dos grupos armados.
2011 foi decretado pela Assembleia Geral das Nações Unidas como Ano Internacional dos Afrodescendentes. Cali foi escolhida como anfitriã do Encontro por ser a segunda cidade do mundo, atrás de Salvador, com a maior população de afrodescentendes.
Fonte: Rádio Vaticano