Aluno da UFSCar é 1º indígena a ganhar bolsa da Fapesp

O aluno do terceiro ano do curso de letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Luciano Ariabo Quezo, é o primeiro graduando indígena a desenvolver projeto de iniciação científica com bolsa oferecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto tem como finalidade construir um livro didático na língua indígena Umutina, para ser utilizado nas séries iniciais do ensino fundamental.

Divulgação/FAPESP

A comunidade indígena Umutina, localizada em Barra dos Bugres (MT), conta com aproximadamente 600 pessoas, sendo que 130 são alunos indígenas da escola estadual Julá Paré. Com seu projeto, Luciano pretende contribuir para fortalecer a formação dos profissionais da educação básica intercultural indígena e para a revitalização da cultura indígena local.

O aluno irá produzir e acompanhar a aplicação do material didático bilíngue a ser utilizado no quarto ano do ensino fundamental de escola indígena diferenciada localizada na aldeia Umutina. Luciano explica que a iniciativa do projeto surgiu a partir da execução de outro projeto de Iniciação Científica, do CNPq, com o tema “A importância da língua Umutina na escola Umutina”.

“No primeiro projeto realizei um levantamento das condições e de como é trabalhada a questão da língua na escola, já refletindo também na minha contribuição para o fortalecimento da mesma. Percebi então que, a escola necessitava de ferramentas para auxiliar o professor e o aluno, por isso, a ideia de se construir um livro didático bilíngue”, explica Luciano. Ele elabora o material pensando no envolvimento do professor, aluno, pais e os habitantes mais velhos da comunidade, e acredita que a participação de todos fará com que a produção tenha sucesso.

O projeto já está no seu oitavo mês de execução e Luciano afirma que o material poderá, na maioria das vezes, ser entendido até por crianças e por pessoas que não têm o contato com a língua Umutina. Luciano estuda a possibilidade da utilização do material em outras escolas, mesmo não indígenas, valendo-se da existência da Lei 11.645, que prevê a inclusão de elementos da cultura e da história indígena nos currículos de todas as escolas brasileiras.

 

 

Fonte: Terra

+ sobre o tema

Conselho Tutelar e as Modificações proporcionadas pela lei n. 12.696/2012

Luiz Antonio Miguel Ferreira Com a vigência da Lei n....

Candidatos já podem consultar os locais onde farão as provas do Enem

Site disponibiliza locais de provas do Enem de 3...

Prouni já tem mais 184 mil estudantes inscritos

Até as 12 horas desta quinta-feira (17), primeiro dia...

para lembrar

Livro Popular – incentivar leitura e ampliar investimentos são prioridades para 2012

Cultura: incentivar leitura e ampliar investimentos são prioridades para...

Livro – ‘Griot’ narra conflitos religiosos

Livro infanto-juvenil narra as dores e os desafios de...

Inscrição para vestibular das Fatecs começa nesta sexta

  As inscrições para o processo seletivo das Faculdades de...

Salto para o Futuro discute impacto do racismo na educação

Considerando ser 2011, segundo a ONU, o Ano Internacional...
spot_imgspot_img

Estudo mostra que escolas com mais alunos negros têm piores estruturas

As escolas públicas de educação básica com alunos majoritariamente negros têm piores infraestruturas de ensino comparadas a unidades educacionais com maioria de estudantes brancos....

Educação antirracista é fundamental

A inclusão da história e da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas do país é obrigatória (Lei 10.639) há 21 anos. Uma...

Faculdade de Educação da UFRJ tem primeira mulher negra como diretora

Neste ano, a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) tem a primeira mulher negra como diretora. A professora Ana...
-+=