Câmera instalada em uma sala de aula, na Rússia, flagra o momento em que o garoto morre em frente aos demais colegas.
por Marcio Fauth no Blastings News
O caso aconteceu, essa semana, em uma escola politécnica de Mosco. De acordo com testemunhas, o jovem Sergei Casper, de 17 anos, era visto como um garoto diferente dos demais. Na maioria dos casos, essas pessoas são consideradas alvos prediletos dos praticantes de bullying. O jovem Gasper gostava de cantar, ouvir música, além de ser fã de artes. Era considerado um rapaz calmo, mesmo assim, durante muito tempo, ouviu muitas piadas a seu respeito por ser considerado gay pela maioria dos colegas.
Na última vez, seus colegas o amarraram no banheiro e tentaram esfregar seu rosto na privada, xingando-o por ser diferente dos garoto normais, após o fato, eles o carregaram até a sala de aula e lá o jovem foi vítima de novas piadas. De acordo com as pessoas que testemunharam o caso, seus colegas pretendiam fazer o rapaz virar um homem como os outros. Após colocarem um plástico filme em sua cabeça, o garoto também teve suas pernas e braços amarrados com um barbante. Durante um descuido, o jovem acabou perdendo o equilíbrio e bateu o pescoço em um canto da mesa de sua professora, que assistia às cenas, inerte, sem esboçar nenhuma reação.
Mesmo desacordado, o jovem era xingado por colegas com risos e gozações em sua volta. Mas a brincadeira acabou perdendo a graça, quando as pessoas presentes no local começaram a perceber que o rapaz não se mexia mais e então começaram a entrar em pânico. O diretor da escola resolveu chamar uma ambulância. Mas, quando os paramédicos chegaram no local,,o garoto já estava sem vida. ‘Ele nunca vez mal para alguém. Os garotos batiam nele o tempo todo e achavam aquilo muito engraçado e, para piorar, tudo isso acontecia sob os olhares de professores e funcionários da escola e ninguém nunca tomou uma atitude para tentar impedir isso”, contou um ex-colega de Sergei, em entrevista para emissora RT.
Toda a cena foi gravada por câmeras instaladas dentro da sala de aula. Os pais do adolescente estão muito abatidos com o caso e pretendem processar a escola. A escola politécnica, por sua vez, informa que expulsou os alunos responsáveis pela agressão e também afastou a professora que assistiu à toda a cena completamente inerte. O mais interessante é que o caso não ganhou muita repercussão por lá. De acordo com informações, no país russo, a maioria das pessoas não tolera relações homoafetivas. Uma vez que o governo de Vladimir Putin considera crime qualquer tipo de propaganda relacionada aos homossexuais. Por isso, o assunto não é debatido por lá.
Em nota, a escola lamenta o caso afirmando que desconhecia qualquer prática de bullying dentro da instituição. Entretanto, diz acreditar que a tragédia ocasionada por uma uma brincadeira de mal gosto não acontecerá mais. As filmagens com a morte do adolescente estão correndo o mundo e mostram do que a bestialidade do ser humano é capaz.