América Latina soma dois terços das mortes por gripe suína no mundo

Fonte: Folha de São Paulo –

O balanço de mortes causadas pela gripe suína –como é chamada a gripe A (H1N1)– na América Latina chegou nesta quarta-feira a 480, ou dois terços do total mundial, com o aumento do número de casos no Chile e na Argentina.

As autoridades de saúde chilenas reportaram nesta terça-feira um aumento de 70% no número de mortes ligados à doença –de 40, que haviam sido confirmados na última sexta-feira (17), para 68.

“[O resultado] dos exames saem regularmante, por isso o aumento. Mas a tendência que temos observado é a diminuição dos casos graves e também do número de mortes”, disse o ministro da Saúde, Alvaro Erazo, à agência de notícias France Presse.

A Argentina é o país da região com o maior número de mortes causadas pela gripe suína –165–, acima dos 138 do México, país considerado o epicentro da doença que se estendeu por todo mundo, deixando, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 700 mortos.

No total, foram registradas 480 mortes em 17 países da América Latina.

O inverno favorece a propagação da doença, segundo especialistas. Uma onda de frio manteve as temperaturas abaixo de zero em dois terços do território argentino nesta quarta-feira, e nevou em partes de Santiago do Chile.

Em Peru, que registra 14 mortes, as autoridades sanitárias advertiram que a gripe suína alcançará seu ponto mais alto em agosto –o mês mais frio do ano–, mas que em setembro começará a cair.

Autoridades estão buscando várias medidas para mitigar a propagação do vírus, como estender as férias escolares e universitárias e até o cancelamento de eventos públicos, onde há maiores chances de contágio.

O Brasil já registrou 1.175 casos da doença e 29 mortes, que ocorreram em quatro Estados: Rio Grande do Sul (11), São Paulo (12), Paraná (1) e Rio de Janeiro (5).

 

América do Norte


No dia 11 de junho, a OMS anunciou que a doença atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade. Somente nos últimos três dias, 11 novos países e territórios registraram casos da gripe suína.

Nos Estados Unidos, país que registra o maior número de mortes –211–, as autoridades buscam voluntários para testes clínicos da vacina contra a doença, antes que comece o inverno no hemisfério Norte.

No México, o número de mortes causadas pelo vírus H1N1 chegou a 138, e o número de contagiados, a 14.723. Entre eles está o secretário de Saúde do Estado de Chiapas.

Nesta quarta-feira, o governo do Canadá informou que registrou o primeiro caso de gripe suína –como é chamada a gripe A (H1N1)– resistente ao antiviral Tamiflu.

O paciente –um homem de 60 anos de Québec– recebeu a droga após seu filho ter sido infectado com o vírus da doença.

 

Sintomas

 

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Matéria original: América Latina soma dois terços das mortes por gripe suína no mundo

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