Após pedágios, Alckmin agora vê falta de leito em SP

Dois dias depois de prometer rever preços, candidato tucano ao governo admite carência hospitalar no Estado

Ex-governador nega mal-estar com Serra por causa de proposta e diz que campanha do aliado “está deslanchando”


Dois dias depois de prometer a revisão do preço do pedágio, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem ter diagnosticado carência de leitos hospitalares na Baixada Santista.
Aliado do ex-governador e candidato à Presidência, José Serra, Alckmin admitiu a deficiência ao falar da radiografia que faz para elaboração do programa de governo.
“Leitos hospitalares, onde falta? Já detectamos na Baixada Santista”, afirmou Alckmin, após palestra no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
À Folha Alckmin alegou que os investimentos do governo Serra nas AMEs (Assistência Médica Especializada) ampliaram a demanda por internação hospitalar. A Baixada, acrescentou, cresceu.
Equilibrando-se entre a candidatura da continuidade e a promessa de avanço, Alckmin negou constrangimento com Serra após a promessa de correção de pedágio. “Nenhum mal-estar.”
Dando sinais de que a considerava emperrada, Alckmin disse que “a campanha de Serra também está deslanchando” no Estado.
“A gente sente que a campanha do Serra está embalando. Ela vai agora no crescente. Hoje, ouvi amigos da região de Rio Preto, Votuporanga, Fernandópolis: “Olhe, outro cenário aqui”. Quer dizer: a campanha do Serra está deslanchando.”
Além de ampliação da rede hospitalar, Alckmin prometeu a oferta de tempo integral a alunos, centros de formação profissional e a transformação da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) no “BNDES da habitação”.

FUNDOS

Em vez destinar seu orçamento de R$ 1 bilhão anual à construção, a CDHU destinaria recursos a dois fundos: um garantidor, para redução do impacto de juros nas prestações, e outro para subsidiar a parte dos mutuários.
O fundo atenderá a famílias de até cinco salários minimos. Segundo Alckmin, a mudança poderia quadruplicar o número de unidades construídas. “A CDHU não precisa ser construtora. O setor privado faz.”
Arquiteto urbanista do Instituto Pólis, Kazuo Nakano afirma que a proposta é exequível, mas insuficiente para a criação de um sistema estadual de habitação.
Embora tenha rechaçado o clima de “já ganhou”, Alckmin deu uma escorregadela:
“Nós vamos…Pretendo implantar o aluno de tempo integral”, corrigiu-se.

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