Os dois dias do ciclo de encontros do Seminário Regional do Turismo Étnico-Afro, em Salvador, reuniram cerca de 250 pessoas, que assistiram a palestras de intelectuais, professores e artistas ligados ao movimento afrodescedente, como o diretor executivo da Revista Raça Brasil, o jornalista Maurício Pestana, o músico Mateus Aleluia, o artista plástico Alberto Pita e o doutor em História Social e PHD em História da Cultura Negra, Jaime Sodré.
Nesta quinta-feira (18/08), segundo e último dia do encontro, artistas, representantes de grupos culturais, guias de turismo, estudantes, comunidades quilombolas e membros do movimento afrodescendente reuniram-se durante o dia no Anfiteatro da Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus.
No início da manhã, o historiador Ubiratan Castro, diretor geral da Fundação Pedro Calmon, falou sobre Identidades e Turismo Étnico. A importância da preservação da memória africana foi o principal ponto de discussão. “A Bahia é um destino onde a África está preservada. A comunidade negra que perdeu a sua identidade e que busca reconstruí-la, pode conseguir isto através do estudo ou de uma forma mais afetiva, permitida com o turismo. Ele vem para a Bahia atrás da tradição e consegue, pois aqui na Bahia ela está preservada”, explicou o professor. Castro falou ainda sobre a importância da Bahia se manter como um destino de Turismo Étnico-afro. “Precisamos preservar a identidade, os espaços construídos pelos nossos descendentes africanos e o Turismo Étnico é o principal meio que nós temos para mostrar essa riqueza ao mundo”.
Durante a tarde, Gabriel Salgado, representante do Banco do Nordeste, falou sobre oportunidades para participação em editais de cultura e acesso à linha de financiamento do credi-amigo. O técnico mostrou oportunidades para quem quer ser um empreendedor do turismo étnico-afro na Bahia.
Fonte: Mercado e Eventos