Banco americano pagará US$ 2 milhões por discriminar hispânicos e negros

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira sobre um acordo com uma entidade financeira para indenizar com US$ 2 milhões pelos prejuízos causados a hispânicos e negros por práticas de discriminação na Califórnia.

Segundo a investigação da Procuradoria, entre 2006 e meados de 2011 o banco Luther Burbank Savings limitou seus empréstimos a hispânicos e negros ao estabelecer um mínimo de US$ 400 mil para os créditos, discriminando assim essas minorias.

“É estratégico que as pessoas que oferecem empréstimos estabeleçam políticas para garantir que não discriminam em seus programas de empréstimos”, analisou hoje em comunicado Thomas E. Perez, assistente do procurador-geral para a Divisão de Direitos Civis.

A ação apresentada contra Luther Burbank Savings alegava que a entidade financeira realizou muito poucos empréstimos hipotecários aos hispânicos e negros em diferentes áreas da Califórnia, em comparação a outras entidades semelhantes.

Entre 2006 e meados de 2011, a instituição aprovou menos de 6% de empréstimos hipotecários para hispânicos e negros na região metropolitana de Los Angeles, em comparação aos quase 32% outorgados a esses grupos por outras entidades.

Seguindo essa tendência, no mesmo período só pouco mais de 5% dos empréstimos foram realizados em áreas onde a população negra representa mais de 50% do total, comparados aos quase 42% de empréstimos similares outorgados por outras entidades.

Segundo o acordo apresentado hoje à Corte Distrital do Distrito Central da Califórnia, o Luther Burbank Savings investirá US$ 1,1 milhão em programas de financiamento para aumentar seus créditos hipotecários residenciais para solicitantes qualificados no valor de US$ 400 mil ou menos na Califórnia.

O banco destinará ainda US$ 450 mil a alianças com organizações comunitárias, para oferecer serviços financeiros e de crédito às minorias nas áreas afetadas.

Outros US$ 450 mil serão investidos, ainda, em programas para atrair clientes das minorias, e em educação dos consumidores. EFE

Fonte: Terra

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