Barack Obama: Moçambique entre os poucos países africanos com política económica abrangente

O presidente norte-americano, Barack Obama, aponta Moçambique como um dos poucos países africanos, incluindo o Malawi, Etiópia e Tanzânia, que têm seguido uma política económica com uma base alargada e que os permite dar passos largos na erradicação da pobreza e, por conseguinte, na realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs).

Obama discursava esta quinta-feira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, durante a Cimeira sobre as Metas de Desenvolvimento do Milénio perante mais de 150 estadistas ou seus altos representantes, como é o caso do ministro moçambicano dos negócios estrangeiros (Oldemiro Baloi) em representação do Presidente Armando Guebuza.

O estadista norte-americano vincou que estas três nações africanas, no meio de inúmeros problemas globais que afectam tanto os países ricos quanto os pobres, adoptaram políticas de crescimento económico assentes numa base alargada a qual chamou de “força” jamais vista no mundo, que, no seu entender, os coloca na marcha acelerada rumo à erradicação da pobreza.

Obama frisou que o seu governo está muito motivado com esta estratégia que de forma vincada está sendo seguida por este trio de países africanos e, por isso mesmo, o seu executivo irá reforçar a parceria que mantém com eles e outros que, igualmente, estão dispostos a assumir a liderança, ao invés de se limitarem a receber ditames dos outros.

Obama aconselhou todos os países a seguir o exemplo destes paises africanos, para que “chegue o fim dos dias em que o seu desenvolvimento é ditado a partir das capitais estrangeiras”.

No seu discurso que a AIM teve acesso, Obama ressaltou que as lideranças devem adoptar uma boa estratégia e que seja aglutinadora das forças vivas da sociedade.

Para a melhor compreensão pela sua audiência, Obama destacou que encara a perspectiva e estratégia económica seguida por Moçambique, Malawi, Etiópia, entre outros, como “o terceiro pilar” que sustenta o novo edifício económico em construção para salvar o mundo do declínio que enfrenta nos últimos tempos.

“Para desencadear uma mudança transformacional, estamos a colocar nova ênfase sobre a força mais poderosa que o mundo jamais conheceu para a erradicação da pobreza, e criar oportunidades que possam catapultar o cidadão comum à prosperidade. É essa força que catapultou a Coreia do Sul de um simples recipiente de donativos para a categoria de país de doadores”, explicou Obama.

Essa força, segundo o presidente da nação mais poderosa do mundo, elevou os padrões de vida no Brasil e na Índia e permite que países emergentes como a Etiópia, Malawi e Moçambique, consigam vencer os mesmos desafios que enfrentam os outros e estarem agora a registar progressos reais em prol da realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, enquanto os outros países situados no mesmo continente e com as mesmas condições, tais como a Costa do Marfim, estão a fracassar.

O estadista norte americano dedicou grande parte da sua intervenção, constantemente interrompida por aplausos, para explicar que a referida força faz com que países como Moçambique estejam a lograr bons resultados na realização dos ODMs, entre os quais a erradicação da pobreza absoluta que ainda grassa mais de um bilião de pessoas no mundo inteiro, incluindo cerca de 60 por cento de moçambicanos.

“A força de que falo é um crescimento económico que assenta numa base alargada, que é o mesmo que participativa. Sabemos que agora, cada nação vai seguir o seu próprio caminho na busca da prosperidade. Mas décadas de experiência nos dizem que existem determinados ingredientes sobre os quais o crescimento sustentável e o desenvolvimento sustentável dependem”.

Para Obama, os países são mais propensos a prosperar quando incentivam o empreendedorismo; quando investem nas suas infra-estruturas, quando expandem o comércio e quando o investimento externo é bem-vindo.

Assim sendo, disse Obama, “nós os EUA vamos doravante manter parcerias com países tais como a Serra Leoa para criar um ambiente de negócios que seja atractivo para o investimento”.

Fonte: Rádio Moçambique

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