Pupilo de Frank Maloney, Lennox Lewis postou mensagem defendendo a decisão de o ex-empresário de fazer cirurgia para mudar de sexo
Um dos maiores empresários da história do boxe mundial, Frank Maloney chocou o planeta ao anunciar, neste domingo, em entrevista ao jornal Daily Mirror, que fará cirurgia para mudança de sexo. Além disto, informou que passará a se chamar Kellie. Como esperado, a decisão causou alvoroço nas redes sociais, mas foi apoiada por aquele que fez parceria espetacular com Maloney durante a sua carreira.
Principal cliente de Frank, o britânico Lennox Lewis, ex-pugilista campeão mundial peso-pesado em todas as associações do boxe na década de 90, usou a sua conta no Facebook para comentar sobre o anúncio de seu “ídolo” e defendeu a decisão informada por ele neste fim de semana.
“No início, eu estava tão chocado quanto qualquer um com a notícia sobre a decisão do meu ex-promotor. Meu primeiro pensamento era de que aquilo havia sido um devaneio”, admitiu. “Mas a grande graça da vida, e do boxe, é que, dia após dia, você nunca sabe o que vai acontecer. Sempre pode ser surpreendido”, acrescentou.
Lewis seguiu exaltando a coragem de seu ex-empresário e ainda alfinetou àqueles que criticaram o fato de Maloney optar por se tornar mulher. Na entrevista ao Daily Mirror, o lendário personagem do boxe assumiu ser homossexual e, vestido de mulher, contou que, há anos, passa por um processo para mudar de sexo. A transexualidade será consolidada em breve.
“Este mundo em que vivemos nem sempre se define em preto ou branco, seco ou molhado. E, ainda mais vindo da fraternidade do boxe, eu posso imaginar o quão difícil foi para Kellie assumir esta opção, escreveu Lewis, já chamado seu ex-empresário pelo novo nome. “Eu respeito a decisão dela e digo que, se isso é o que traz a verdadeira felicidade para sua vida, que assim seja. Todas as pessoas deveriam ter a possibilidade de viver de uma forma que lhe traga harmonia e paz interior”, decretou.
Frank Maloney foi empresário de Lennox Williams durante o auge do lutador, na década de 90 (Holly Stein/Getty Images)
Fonte: Terra