Bradesco lança seguro residencial para favela no Rio

Por: FÁBIA PRATES

Instituição começou a vender o produto em caráter experimental no morro Dona Marta


De olho no potencial de consumo das famílias de baixa renda, o grupo Bradesco Seguros lançou ontem o Bradesco Bilhete Residencial Estou Seguro, o primeiro destinado, exclusivamente, a moradores de favelas no Brasil.

O produto, que deve ser levado a mais comunidades pobres do país, passou a ser vendido como experiência no morro Dona Marta.

Localizada em Botafogo, zona Sul, a favela é famosa por ter recebido a visita do ídolo pop Michael Jackson e por ter sido a primeira pacificada por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Para estimular as classes D e E a contratar o produto, a seguradora criou condições especiais e uma cartilha com esclarecimentos sobre o que é o seguro residencial e quais são seus benefícios.

O pacote básico -cobre queda de raio, incêndio e explosões, por exemplo- custa R$ 9,90 por ano para uma cobertura de R$ 10 mil.

Na hora da contratação, a seguradora ouve do cliente a declaração do valor do imóvel e dos bens de consumo, e dispensa a inspeção para verificar a veracidade.

Numa contratação convencional, a inspeção é obrigatória e o preço mínimo é de R$ 65 anuais para uma cobertura de R$ 40 mil.

Marco Antonio Gonçalves, diretor-gerente do Bradesco Seguros, diz que uma pesquisa feita no morro -que tem 1.300 moradias, quase 5.000 moradores e 2.300 pessoas ocupadas, afirma ele- mostrou o interesse das famílias em alternativas para proteger o patrimônio, mas não fez estimativa de venda.

“Queremos popularizar o acesso ao seguro”, disse. Segundo ele, 13% das 65 milhões de residências brasileiras são seguradas. As apólices estão concentradas nas mãos das classes A e B (76%) e C (24%). A estimativa é que, em cinco anos, o número de segurados dobre, e as classes D e E entrem no grupo.

O produto do grupo Bradesco Seguros faz parte do projeto de educação financeira Estou Seguro, criado em dezembro do ano passado a partir de convênio entre a CNSeg (associação nacional de seguros) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

 

 

Fonte: Folha de S.Paulo

+ sobre o tema

Obama afirma que reanimar a economia é sua tarefa mais urgente

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considera que...

Tribunais são enviesados contra mulheres e negros e não fazem justiça, diz advogada da OAB

Os Tribunais de Justiça são enviesados e, por isso,...

O tal “panelaço” tem cara, grife, cor e endereço, nobre, diga-se de passagem

O tal "panelaço", importado da Argentina, de que  grande...

O silêncio da mídia diante da denúncia de golpe do fotógrafo brasileiro ganhador do Pulitzer

Dez dias atrás, o fotógrafo Mauricio Lima foi festejado pelos grandes meios...

para lembrar

Fim da saída temporária apenas favorece facções

Relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o Senado Federal aprovou projeto de lei que põe fim à saída temporária de presos em datas comemorativas. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA),...

Morre o político Luiz Alberto, sem ver o PT priorizar o combate ao racismo

Morreu na manhã desta quarta (13) o ex-deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), 70. Ele teve um infarto. Passou mal na madrugada e chegou a ser...

Equidade só na rampa

Quando o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, perguntou "quem indica o procurador-geral da República? (...) O povo, através do seu...
-+=