Campanha contra racismo chega a Esporte e Polícia

Antonio Carlos Arruda, coordenador de Políticas para a População Negra e Indígena, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, reuniu-se com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo e a Polícia Civil para intensificar o 2º ano do Programa São Paulo Contra o Racismo.

O encontro tratou da importância de campanhas com caráter educativo para reduzir o número de crimes de racismo, em especial nos grandes eventos esportivos a caminho do Brasil – Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016) –, e definir ações afirmativas ao programa.

Esportes

A Secretaria do Esporte Lazer e Turismo promove os jogos regionais em todo o Estado. Durante a reunião, com os delegados municipais para organização dos jogos deste ano, Arruda aproveitou para incluir a competição no Programa São Paulo Contra o Racismo.

A logomarca do programa será inserida nos diversos materiais utilizados nos jogos, nos uniformes dos atletas, em banners, cartazes e outros meios de divulgação. “Essa etapa da campanha tem papel educativo. Vamos também elaborar palestras para jovens atletas”, disse Arruda.

A área esportiva enfrenta problemas de discriminação racial, principalmente, em campo onde ocorre alta tensão entre os competidores. “Mesmo nas situações de extrema tensão dos jogos, não deve haver racismo. Por isso, precisamos orientar e educar os atletas”, explicou o coordenador.

Racismo no esporte é um problema internacional. “Jogares e atletas sofrem preconceito não só no Brasil, mas também na Europa e Estados Unidos”, disse Arruda.

Polícia Civil

Em seguida, Arruda foi ao Palácio da Polícia Civil para levar o programa ao alto comando da instituição. No encontro, o coordenador da Secretaria apresentou propostas de combate ao racismo ao delegado geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, e a todos diretores de polícia do Estado de São Paulo.

A partir de agora, sempre que qualquer delegacia do Estado receber casos de racismo, a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena será comunicada.

“Com essas informações, poderemos identificar onde ocorrem mais casos de discriminação, racismo e intolerância”, disse Arruda. O coordenador vê nessa troca de dados possibilidade de formular ações conjuntas que diminuam ocorrências e crimes”.

Arruda propôs também a inserção da logomarca do São Paulo Contra o Racismo no site da Polícia Civil, com link de acesso ao formulário de denúncias. “Procuramos a parceria com a Polícia Civil para a ampliação da campanha educativa e para a construção de um Brasil sem racismo e sem nenhuma forma de preconceito”.

Fonte: Governo do Estado

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