Estima-se que cerca de uma em cada 12 mulheres vai desenvolver câncer de mama ao longo da vida — a doença é a principal causa de morte entre elas.
Em 2020, cerca de 685 mil mulheres morreram desta doença em todo o mundo.
Especificamente, quase um quarto dos novos casos de câncer de mama em 2020 ocorreram nas Américas.
Na América Latina e no Caribe, a proporção de mulheres afetadas pela doença antes dos 50 anos (32%) é muito maior do que na América do Norte (19%), diz a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Existem vários fatores de risco para o câncer de mama que não podem ser modificados, como envelhecimento, mutações genéticas e histórico pessoal e familiar, para citar os mais frequentes.
Mas existem outros fatores que aumentam o risco de contrair a doença e que podem ser prevenidos ou amenizados fazendo mudanças no cotidiano.
Quais são os fatores que aumentam o risco de câncer de mama? E o que pode ser feito para reduzi-los?
As mulheres que não são fisicamente ativas correm maior risco de ter câncer de mama, segundo os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Por isso, é importante praticar atividade física regularmente.
A Sociedade Americana do Câncer recomenda que os adultos façam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade mais intensa por semana (ou uma combinação de ambos), de preferência distribuídos ao longo de sete dias.
A atividade física de maior intensidade causa uma frequência cardíaca elevada, sudorese e frequência respiratória rápida.
2. Excesso de peso
Mulheres mais velhas que estão com sobrepeso ou obesas têm um risco maior de câncer de mama do que aquelas com peso saudável.
A Sociedade Americana do Câncer recomenda manter um peso saudável ao longo da vida e evitar o ganho excessivo, equilibrando a ingestão de alimentos com a atividade física.
3. Hormônios
Algumas formas de terapia de reposição hormonal (aquelas que incluem estrogênio e progesterona) tomadas durante a menopausa podem aumentar o risco de câncer de mama se tomadas por mais de 5 anos, observa o CDC.
Para evitar isso, é uma boa ideia conversar com seu médico sobre opções não hormonais para tratar os sintomas da menopausa.
4. História reprodutiva
Engravidar pela primeira vez após os 30 anos, não amamentar e ter tido uma gravidez interrompida podem aumentar o risco de câncer de mama.
As mulheres que optam por amamentar seus bebês por pelo menos vários meses podem obter um benefício adicional ao diminuir o risco de câncer de mama, aponta a Sociedade Americana do Câncer.
5. Álcool
Alguns estudos mostram que o risco de câncer de mama de uma mulher aumenta quanto mais álcool ela bebe, diz o CDC.
Mesmo o consumo em níveis baixos tem sido associado ao aumento desse risco. É melhor não beber bebidas alcoólicas.
Mas aquelas que o fazem não devem tomar mais do que uma bebida alcoólica por dia, aconselha a Sociedade Americana do Câncer.
E quanto é essa dose diária? Cerca de 355 ml de cerveja, 150 ml de vinho, ou 50 ml de destilados ou “bebidas fortes”.
6. Tabagismo
Fumar pode causar câncer em quase qualquer parte do corpo.
Evitar fumar e ser exposto à fumaça do cigarro ajuda a reduzir o risco de contrair câncer.
Pesquisas sugerem que outros fatores, como exposição a produtos químicos que podem causar câncer e alterações em outros hormônios devido ao trabalho noturno, também podem aumentar o risco de câncer de mama, detalha o CDC.
Recomendações
Organizações especializadas em câncer de mama recomendam consultar seu médico sobre exames para detecção precoce da doença.
Conversar com um profissional sobre quando iniciar exames, como exames clínicos e mamografias, são fundamentais, afirma a Mayo Clinic em seu site.
Além disso, é necessário se familiarizar com os seios durante um autoexame de mama.
Se houver uma alteração nova, nódulos ou outros sinais incomuns nas mamas, um médico deve ser consultado imediatamente.
E como sempre, é preciso cuidar da alimentação.
As mulheres que seguem uma dieta mediterrânea com azeite extra virgem e nozes mistas podem ter um risco reduzido de câncer de mama.
A dieta mediterrânea é focada em alimentos à base de plantas, como frutas e vegetais, grãos integrais, legumes e nozes, detalha a Clínica Mayo.