Certeza da impunidade: Mulher é chamada de ‘preta fedida’ e forçada a passar desodorante

‘Eu só queria realizar o meu trabalho’, disse a zeladora de 33 anos, que não quis se identificar

no Noticias a Cada Minuto

© iStock (Imagem ilustrativa)

Uma mulher de 33 anos, que trabalha como zeladora, sofreu racismo e foi agredida no seu ambiente de trabalho nesta segunda-feira (2), em Sinop, a 500 km de Cuiabá, no Mato Grosso.

Segundo informações do Livre, do Metrópoles, a mulher, que não quis ser identificada, teria sido obrigada a passar desodorante e foi chamada de “preta fedida” por sua chefe.

Ela disse que estava trabalhando quando a dona do estabelecimento a chamou em uma sala para passar desodorante. Ela questionou a atitude, perguntando se estaria fedendo, e a chefe teria dito que ainda não, mas que pessoas escuras de “tom preto” como ela costumavam feder muito e que ela queria evitar o problema.

“Na hora me senti totalmente desconfortável, mas peguei o produto e comecei a passar. Ela não ficou satisfeita tomou o desodorante da minha mão e esfregou no meu corpo com muita força, machucou minha pele e principalmente minha dignidade. Nunca me senti tão humilhada”, disse ela ao Livre.

“Não consegui segurar o choro, chorei muito, isso a irritou profundamente, foi o que fez ela iniciar uma serie de ofensas e xingamentos contra mim. Ela me chamou de preta fedida. E eu só queria realizar o meu trabalho”, afirmou a vítima.

A zeladora procurou a delegacia do município para registrar a ocorrência. A agressora deverá ser enquadrada no crime de injúria racial, que estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la.

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