Ciência sem Fronteiras é ‘case’ mundial de sucesso, diz Capes

“O Programa Ciência sem Fronteiras virou um caso internacional de sucesso e, inclusive, vem sendo copiado por outros países. Realmente, deve transformar o ambiente acadêmico brasileiro”, afirmou o professor Márcio de Castro Silva Filho, diretor de Relações Internacionais da Capes, antes de conceder palestra na I Semana Unicamp sem Fronteiras, no Centro de Convenções. “O programa surpreendeu a todos pelo alcance que conseguiu e também pelo número de estudantes brasileiros que está enviando para diversos países.”

Por: Luiz Sugimoto, da Uni Camp

Imagem retirada do site: http://capes.gov.br

Segundo Márcio de Castro Silva, as primeiras chamadas da Capes e do CNPq foram para instituições dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha e França, mas o último edital, que acaba de ser encerrado, envolveu mais sete países, totalizando doze. “Deveremos terminar o ano com aproximadamente 20 mil bolsistas colocados em instituições de ensino e pesquisa no exterior. É um grande feito e, em termos de escala, uma iniciativa sem precedentes no Brasil, ainda mais em tão pouco tempo.”

O diretor da Capes informou que um grupo de graduandos já embarcou e o contingente maior viajará entre junho e setembro (mês em que começa o ano letivo nas universidades do hemisfério norte). O embarque em três momentos está relacionado com o nível de conhecimento da língua onde o bolsista vai estudar. “Quem sair em junho terá a oportunidade de aulas de reforço para aprimorar a língua, por um período de dois ou três meses.”

Convidado a falar sobre as perspectivas do CsF para os próximos anos, Márcio de Castro lembrou que o programa está estruturado para conceder 101 mil bolsas – 75 por parte do governo federal e 26 mil da iniciativa privada. “Este primeiro contingente é de alunos de graduação, mas já temos editais abertos para pós-graduação, pós-doutorado e pesquisadores, que terão condições de viajar no semestre seguinte.”

O diretor da Capes lembrou, também, que o CsF é uma resposta de Dilma Rousseff ao desafio de Barack Obama. “Ele disse que havia 130 mil chineses e 100 mil indianos estudando nos Estados Unidos e perguntou por que o Brasil não mandava 100 mil brasileiros para lá. Então, foi criado o Ciência sem Fronteiras. Um diferencial é que os estudantes chineses e indianos são sustentados por suas famílias, enquanto os nossos participam de um programa de governo.”

A organização da I Semana Unicamp sem Fronteiras está trazendo representantes do Programa CsF do Canadá, Portugal, Reino Unido, EUA, Espanha, Holanda, França e Austrália para expor as oportunidades de intercâmbio oferecidas por seus países. Na programação desta terça-feira estavam palestrantes de Portugal e do Reino Unido. Os horários das 12h30 e das 17h30 foram pensados para permitir maior participação dos alunos dos cursos diurnos e noturnos.

“O Programa Ciência sem Fronteiras é uma grande oportunidade para que estudantes brasileiros façam cursos em Portugal, conheçam nosso país e tenham experiências em áreas diversas”, disse Maria Fernanda Nunes Miranda, chanceler do Consulado-Geral de Portugal em São Paulo. “Para Portugal, é uma situação extremamente positiva para que cada vez mais brasileiros procurem por nosso país e a nossa infraestrutura no âmbito da cultura e do conhecimento, ressaltando principalmente os laços históricos e o bom entendimento político entre os dois países”, acrescentou Paulo Machado, diretor de Turismo do Consulado.

O professor Euclides de Mesquita Neto, pró-reitor de Pós-Graduação da Unicamp, observou que a Universidade já tinha dado início a um plano de internacionalização, conseguindo um acréscimo significativo de adesão dos seus quadros, e que o programa do governo federal surgiu como forte elemento para viabilizar esta mobilidade. “Saudamos o Ciência sem Fronteiras, que vem destravar alguns aspectos, em especial o intercâmbio de graduação, já que na pós-graduação e no pós-doutorado já havia acolhida em termos de financiamento. Estamos organizando esta Semana para que os alunos entendam quais são as oportunidades de intercâmbio e encorajar a participação”.

 

+ sobre o tema

Como funciona o programa Pé-de-Meia e como sacar o primeiro pagamento

Estudantes que concluíram um dos três anos do ensino médio...

UFRB amplia para 40% a reserva de vagas para negros(as) em concursos para docentes

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) dá...

Estudantes de licenciatura podem se cadastrar para concorrer a bolsas

Os novos alunos matriculados em cursos de licenciatura presenciais em 2025 que foram...

para lembrar

Holanda Oferece Bolsa de Estudos de até 32 mil Euros para Brasileiros

    Opções são para cursos totalmente ministrados em inglês. Aulas...

Por que dormir deveria ser a prioridade de todo estudante

Jakke Tamminen tem alunos que costumam ficar acordados na...

Confirmação será enviada a inscritos no Enem em outubro, diz Inep

Cartão deve chegar entre 4 e 25 de outubro,...
spot_imgspot_img

Saiba como se cadastrar para o Pé-de-Meia Licenciaturas

Os estudantes de cursos de licenciatura na modalidade presencial, que cumprem os requisitos para serem beneficiados pelo Pé-de-Meia Licenciaturas, devem concluir a inscrição no programa...

Chance de faculdade para jovem de classe média-alta é mais que triplo da registrada por pobre

A probabilidade de um jovem de classe média-alta cruzar a barreira do ensino médio e ingressar em uma universidade é mais que o triplo da registrada...

Como funciona o programa Pé-de-Meia e como sacar o primeiro pagamento

Estudantes que concluíram um dos três anos do ensino médio regular em escola pública em 2024 poderão sacar R$ 1 mil do programa Pé-de-Meia, do governo...
-+=