Fonte: Lancenet!
Adauto, do Zilina, defende punição a adversário da Liga Europa
O MSK Zilina, da Eslováquia, recebe na quinta-feira o Hajduk Split, da Croácia, pela ida da terceira eliminatória da Liga Europa. O visitante não poderá ter torcedores uniformizados no estádio – fato que poderia ser comemorado pelos anfitriões, não fosse o motivo: racismo.
O Hajduk foi punido pela Uefa por conta do reincidente comportamento preconceituoso de sua torcida. Os fãs do clube croata estão proibidos de irem uniformizados aos jogos fora de casa em competições europeias.
O atacante Adauto, do Zilina, aprovou a medida. O brasileiro já sofreu com preconceito de torcedores adversários quando defendia o Slavia Praga, da República Tcheca, e acredita que mudanças são necessárias.
– Aprovo e apoio a medida da Uefa, torcedor racista e violento tem de assistir ao jogo em casa, xingando a TV – afirmou.
Após o incidente, Adauto foi convidado pelo governo tcheco para participar de uma campanha contra o racismo. O jogador prontamente aceitou. De quebra, ainda fez história: foi o primeiro atleta a virar selo postal no país.
– Fizemos dois anos de campanha juntos. Mesmo quando estava deixando o país, o governo pediu para que continuasse. Isso até me emocionou – contou.
Para Adauto, punições como esta são importantes para conscientizar a torcida. Mesmo porque, na prática, é muito difícil impedir a entrada de torcedores racistas nos estádios.
– Não acredito que a punição vai acabar com o racismo. A torcida organizada deles não vai poder entrar uniformizada. Vai diminuir a quantidade de torcedores organizados, mas eles estarão lá. Até mesmo no meio da torcida do Zilina.
Matéria original: Clube croata viaja sem torcida devido ao racismo