Combate ao racismo é tema de curso para metalúrgicos do Rio Grande do Sul

Atividade aconteceu hoje (7) em Porto Alegre e é uma iniciativa da CNM/CUT. Intenção é difundir o tema e inserir a luta pela igualdade racial entre as principais bandeiras da categoria.

O Curso de Formação Sindical “Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial”, promovido pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), formou hoje (7) a primeira turma do Rio Grande do Sul. O evento, que foi realizado ao longo do dia em Porto Alegre, faz parte das ações da Secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT para sensibilizar federações e sindicatos sobre o problema do racismo no país.

A atividade é um resumo do primeiro módulo do curso, que reuniu lideranças de todo país entre os dias 26 a 30 de junho, no Instituto Cajamar, interior de São Paulo. A ideia é levar a temática para as federações e sindicatos cutistas do Brasil inteiro. “Infelizmente, os dirigentes e trabalhadores não têm agenda para uma semana de curso. Por isso, sintetizamos o conteúdo para debater a questão racial sem perder o compromisso do movimento sindical pela luta da igualdade. O Sul do país foi apenas o começo da nossa empreitada”, disse Christiane Aparecida dos Santos, secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT.

O curso mostrou a contribuição dos africanos para o desenvolvimento humano
O curso mostrou a contribuição dos africanos para o desenvolvimento humano

O evento teve 40 participantes, entre dirigentes sindicais, membros de comissões de fábrica e de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) e trabalhadores da base.

O curso em Porto Alegre foi ministrado pelo sociólogo e professor Uvanderson Silva, que abordou temas como a contribuição dos africanos para o desenvolvimento humano universal, colonialismo e luta de classes, racismo no Brasil, a luta dos trabalhadores e a questão racial e desafios contemporâneos para a promoção da igualdade racial. Além disso, o curso contou dinâmicas para interação em grupo.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, também esteve presente no curso e enfatizou a importância da história para aprofundar a consciência sobre a questão racial no país. “O curso não é apenas para negros. É uma atividade para aqueles que militam na área, para quem é contra o racismo e acredita em uma sociedade sem desigualdades. É uma discussão que precisa sair da sala de aula e ser dialogada com companheiros e companheiras que não tiveram a oportunidade de aprender no curso”, comentou.

 

Fonte: CNM Cut

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