Comissária de bordo salva jovem vítima de tráfico humano em voo nos EUA

Com um bilhete no banheiro do avião, a comissária de bordo Shelia Frederick, de 49 anos, ajudou a salvar uma jovem vítima de tráfico humano que seguia viagem entre Seattle e São Francisco, nos Estados Unidos.

Da RedeTV

 

De acordo com informações da emissora WTSP, a comissária passou a suspeitar que algo estava errado ao reparar no contraste e na tensão entre dois passageiros.

A jovem, entre 14 e 15 anos, estava em estado deplorável e totalmente em silêncio. Mais velho e bem vestido, o homem que a acompanhava era quem respondia toda vez que a comissária se aproximava deles. “Alguma coisa na minha mente me dizia que algo não estava certo”, relembra Shelia em entrevista ao canal.

Depois de algum tempo observando os dois, a comissária decidiu pôr um plano em prática: deixar um bilhete no banheiro e, aos sussurros, dizer à jovem para ir até lá. Em resposta, a moça, que estava sendo sequestrada, escreveu que precisava de ajuda.

Certa de que precisava fazer algo, Shelia relatou o caso ao piloto, que imediatamente notificou a polícia. O homem foi preso assim que o avião pousou no aeroporto.

O caso, que aconteceu em 2011, mas só foi narrado em entrevista recente, ainda emociona Shelia , que é comissária há dez anos. Ela afirma que nenhum funcionário deve ignorar esses sinais que podem salvar alguém: “Se você ver alguma coisa, diga algo”.

Como deixou seu telefone no bilhete, Shelia manteve contato com a jovem que ajudou a salvar e contou que, atualmente, a moça está fazendo faculdade.

 

+ sobre o tema

O retorno do goleiro Bruno, entre a ressocialização e o cinismo

Atleta condenado pelo assassinato de Eliza Samudio é novamente...

Conectas cobra apuração rígida de mortes provocadas por ação da PM

Operação em Paraisópolis evidencia descaso da segurança pública com...

Pandemia amplia canais para denunciar violência doméstica e buscar ajuda

Entre as consequências mais graves do isolamento social, medida...

para lembrar

spot_imgspot_img

Coisa de mulherzinha

Uma sensação crescente de indignação sobre o significado de ser mulher num país como o nosso tomou conta de mim ao longo de março. No chamado "mês...

A Justiça tem nome de mulher?

Dez anos. Uma década. Esse foi o tempo que Ana Paula Oliveira esperou para testemunhar o julgamento sobre o assassinato de seu filho, o jovem Johnatha...

Dois terços das mulheres assassinadas com armas de fogo são negras

São negras 68,3% das mulheres assassinadas com armas de fogo no Brasil, segundo a pesquisa O Papel da Arma de Fogo na Violência Contra...
-+=