A Anistia Ampla Geral e Irrestrita foi confundida com esquecimento e apagamento da história das crueldades e barbaridades conexas, cometidas no período da Ditadura Civil-Militar que imperou no Brasil durante 21.
Muitos de seus agentes, não só os torturadores, mas mentores, colaboradores, dedo-duros e informantes estão hoje no poder e nas suas franjas menos visíveis.
Por Marcos Romao, no Mamapress
O esquecimento do passado condena toda a geração atual, a conviver com pessoas que até hoje mantém uma vida dupla. Que são clandestinas de si mesmas, que posam de democratas, vestem cargos públicos e dão conselhos para a sociedade, mas que escondem seus passados fascistas e que nunca foram chamados à responsabilidade.
A lei do silêncio que se abateu na sociedade brasileira pós-anistia, permitiu que a máquina do terror e violações da pessoas humanas, ganhasse novas formas, se espalhasse por todos os setores da sociedade, e criasse toda uma cultura de aceitação da violência por todos nós, das torturas e execuções em nome do Estado, praticadas por alunos, dos “doutores da violência” formados no período da ditadura.
Hoje, os métodos da ditadura civil-militar são aplicados nas periferias brasileiras. O vídeo “Em busca da Verdade” é para mim menos que uma viagem ao passado, e mais um desafio a debruçarmos nas causas da guerra silenciosa que vivemos hoje no Brasil. Mudaram os protagonistas, mas os papéis continuam os mesmos. #marcosromaoreflexoes
Assista o vídeo: