Por: Ana Paula Viana
Candidatos já aprovados em concursos da Prefeitura do Rio, por meio do sistema de cotas, e que estão aguardando a convocação para começar a trabalhar vão recorrer à Justiça para garantir o direito às vagas. De acordo com o advogado Humberto Adami, que representa sete escolhidos numa seleção para o Magistério, feita ao longo de 2013, o mandado de segurança será enviado, nesta terça-feira, para o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
— O problema é que a prefeitura deixou de chamar os cotistas, enquanto aguarda o fim do processo, mas continua preenchendo as vagas com o restante dos aprovados. É injusto com os cotistas, porque eles não têm nenhuma culpa. Eles seguiram todas as normas do edital, que previa essa reserva — disse.
A suspensão das cotas foi determinada pela Justiça no último dia 23, porque a lei — em vigor desde 2012 — foi considerada inconstitucional. A professora Luciana Ramos, de 38 anos, está entre os candidatos que aguardam uma solução. Ela dá aulas numa escola particular , mas teme perder o emprego.
— A diretora da escola já sabia que eu tinha sido aprovada para começar este ano na prefeitura e colocou outro professor no meu lugar. Agora, estou numa situação difícil, sem saber o que vai acontecer — afirma a professora, que é viúva e tem dois filhos.
Inconstitucional: A lei foi considerada inconstitucional por ter sido de autoria do Legislativo, em vez do Executivo.
Afetados: Para quem já está trabalhando, não muda nada. Os únicos afetados são os candidatos de concursos já homologados, que estão aguardando a convocação.
Novas seleções: Novos concursos da Prefeitura do Rio, por enquanto, também não poderão ter cotas.
Fonte: Extra