Objetivo é levantar diagnósticos, informações e diligências para auxiliar os trabalhos da comissão
Do D24am
Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os casos de violência contra jovens, negros e pobres vai promover audiências públicas nos Estados para levantar diagnósticos, informações, oitivas e diligências para auxiliar os trabalhos da comissão.
Na reunião do último dia 30, os parlamentares receberam o plano de trabalho da comissão. A comissão se reúne novamente, no dia 8 de abril, para aprovar o plano de trabalho apresentado pela relatora, deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ).
Rosângela Gomes afirmou que a CPI vai aos Estados para poder compor um relatório mais consistente. “Eu acho importante irmos aos Estados, ouvirmos a sociedade. A lei é boa, a norma é boa, quando ouvimos as pessoas. Senão produziremos um material irrelevante para a sociedade”.
A relatora sugeriu que a comissão ouça representantes do governo ligados à defesa dos direitos humanos, além de vítimas e criminosos para traçar um perfil mais preciso sobre esse tipo de violência no Brasil.
O presidente da CPI, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que, ao final dos trabalhos, a comissão deve apresentar sugestões para enfrentamento da violência no Brasil. “Nós não podemos aceitar o que está acontecendo hoje, são quase 60 mil mortes por ano, sendo 92% do sexo masculino e 77 % negros e pobres. Nós estamos vivendo um genocídio e, portanto, é importante termos ações bem específicas, bem focalizadas para combater essa violência”.
Além disso, os parlamentares querem debater o mapa da violência contra jovens negros e pobres no Brasil.
A CPI é formada por 22 deputados, entre titulares e suplentes, e terá prazo de seis meses para concluir os trabalhos.