Cuba: governador de Nova York firma acordo para importar vacina contra câncer de pulmão

Medicamento, desenvolvido após 15 anos de pesquisa, oferece a possibilidade de que câncer, mesmo avançado, se converta em doença crônica controlável

Do Opera Mundi

Em viagem a Havana, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, assinou um acordo para importar a vacina terapêutica contra câncer de pulmão criada por cientistas cubanos, como foi noticiado pelo jornal Granma nesta quarta-feira (22/04). A missão comercial encabeçada pelo político norte-americano também resultou em um acordo para a entrega de um software dedicado à indústria médica cubana.

A parceria foi acordada entre o Centro de Imunologia Molecular de Cuba e o Instituto Roswell Park contra o Câncer de Nova York. O medicamento oferece a possibilidade de que o câncer de pulmão, mesmo em estado avançado, se converta em uma doença crônica controlável.

“Estamos muito emocionados de poder levar a vacina aos EUA e tratar os pacientes. Isso não teria sido possível sem esta missão comercial, que facilitou a assinatura do acordo”, afirmou a diretora do Instituto Roswell Park, Candance Johnson, que integra a missão.

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A vacina CIMAVax-EGF foi desenvolvida pela ilha em 2011 após 15 anos de pesquisa e será o segundo medicamento da indústria farmacêutica cubana a entrar nos EUA. O primeiro foi o Hebertprot-P, contra úlceras por diabetes, licenciado há dois anos para o mercado norte-americano. Cuba comercializa 38 remédios para cerca de 40 países, o que representa uma importante fonte de divisas para a economia da ilha.

Apenas Cuba e Peru têm a vacina registrada. Brasil, Argentina e Colômbia estão tramitando a inscrição. Reino Unido e Austrália desenvolvem exames clínicos. O medicamento tem direito a patente em qualquer lugar do mundo.

A missão também resultou na criação de um convênio entre a empresa nova-iorquina Infor, que desenvolve softwares para indústrias específicas.

De acordo com o conselheiro delegado da empresa Charles Phillips, a companhia “fará um intercâmbio com uma universidade do país para capacitar estudantes que possam manusear essas tecnologias”. Ele disse ainda ter se impressionado com o “nível e a experiência existente em Cuba na área da tecnologia da saúde”.

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