Por: Paula Peres
Cem coordenadores pedagógicos da Rede Municipal de Ensino participam, até quarta-feira (29), da qualificação oferecida em parceria com a Seduc-MT e Canal Futura
Contribuir para universalizar a formação de crianças, jovens e educadores para o conhecimento e reconhecimento do patrimônio da cultura afro-brasileira. É com este objetivo que teve início, nesta segunda-feira (27/09), o projeto A cor da cultura. Idealizado pelo Canal Futura, é uma parceria da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) e secretarias municipais de educação. Até a próxima quarta-feira (29), 100 coordenadores pedagógicos de todas as escolas municipais de Várzea Grande participam da qualificação que ocorre no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, em período integral.
Esta é uma oportunidade para que fortaleçamos as ações relacionadas às questões étnico-raciais que já estão sendo colocadas em prática na Rede Municipal de Ensino em atendimento à legislação que prevê a inclusão, no currículo oficial, da temática histórica e cultural afro-brasileira, informa o secretário municipal de Educação e Cultura de Várzea Grande, Wilton Coelho Pereira. Em novembro, as unidades de ensino realizarão a culminância dessas atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrada dia 20.
A coordenadora de Gestão Escolar da Smec/VG, Wilma Garcia, explica que o projeto A cor da cultura traz formas práticas de abordagem da temática em sala de aula, disponibilizando kits que orientam os educadores. Sobre a participação exclusiva de coordenadores pedagógicos, ela explica que eles serão os multiplicadores do conhecimento aprendido. Assim como Várzea Grande, Cuiabá também recebe as orientações do projeto que valoriza a cultura afro-brasileira.
A representante do Canal Futura, Maria Correia, conta que, além das cidades mato-grossenses, estão sendo qualificados educadores do Amazonas, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Paraná. Estamos trabalhando com a capacitação direta de três mil professores. Contudo, acreditamos que esse número chegará a 15 mil, uma vez que esses participantes serão os multiplicadores do projeto em suas escolas.
Ela esclareceu que o A cor da cultura é um curso dividido em fases presenciais e não presenciais. Com uma carga horária total de 40 horas e previsão de término para 2011, propõe a discussão do tema, elaboração de plano de trabalho em sala de aula, momento para troca de experiências e a avaliação dos educadores participantes. Ele (projeto) é mais um item na formação dos professores. E, para que isso ocorra com êxito, as escolas receberão kits com vídeos, músicas e textos que abordam a história e a cultura africanas e a sua influência na formação da nossa sociedade.
Entre os temas que deverão ser trabalhados de forma interdisciplinar nas salas de aula estão: a valorização do múltiplo; a luta pela equidade, valorizando as diferenças; reconhecimento do racismo, opondo-se a ele; estabelecimento do diálogo entre todos, e a caminhada para além do senso comum.
Fonte: Jusbrasil