Data Popular, instituto de pesquisas voltado para as classes C, D e E, explica o que é a nova classe média e destaca a mudança do papel das mulheres brasileiras
Renato Meirelles, publicitário e sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisas voltado para as classes C, D e E, explica o que é a nova classe média e destaca a mudança do papel das mulheres brasileiras na economia. Segundo Meirelles, quase a metade da elite brasileira é emergente.
– A classe média brasileira (renda per capita R$ 291 a R$ 1.019 por pessoa) é mais rica que 52% da população mundial. Apenas 18% do mundo tem uma renda per capita maior;
– A diferença entre as classes C, D e E:
.Classe C tem média de renda e de escolaridade;
.Classe D (vulneráveis e pobres) teve uma melhora, mas tem chance de voltar a pobreza;
.Classe E (extremamente pobres) participa de programas como o ‘Brasil Sem Miséria’;
– A antiga pirâmide social virou um losango, diminuiu a base e aumentou a classe média e culminou com grande diminuição da desigualdade social. 35 milhões de pessoas passaram para classe média e 6 milhões foram para os mais ricos sendo que a renda dos 10% mais pobres cresceu em ritmo chinês;
– 80% DOS BENEFICIADOS SÃO NEGROS, QUASE 40% VIERAM DO NORDESTE – destaque para no progresso NEGROS, MULHERES E NORDESTINOS, ou seja, justiça social;
– Último aumento do salário mínimo colocou “uma Bolívia”na economia brasileira e novos produtos entram na lista de compras da nova classe média como iogurte, azeite e produtos congelados. Além disso, a demanda por serviços como internet e TV a cabo aumentou. Com mais dinheiro essas pessoas começaram a investir mais em educação (curso de líguas, universidades e creches), em produtos e salões de beleza e turismo (7,5 milhões de pessoas viajaram de avião em 2012);
– Bolsa Família tirou da extrema pobreza para tornar ‘vulnerável’, não leva para a Classe C. Gera o círculo virtuoso, vindo da base para o topo, com estímulo do gasto.