Decénio da Mulher Africana representa esforço na luta pela igualdade

Luanda – O lançamento em Angola da Decénio da Mulher Africana, sob égide da Organização Panafricana da Mulher (OMP), representa uma plataforma de “grandes” expectativas na luta pela igualdade do género e emponderamento das mulheres, considerou hoje, sexta-feira, em Luanda, a secretaria geral da Organização da Mulher Angola (OMA), Luzia Inglês.

“O Decénio da Mulher Africana constitui um mecanismo que vai permitir acelerar a implementação e a consecução dos objectivos estabelecidos nas varias declarações, protocolos e convenções adoptados pela União Africana”, disse Luzia Inglês na cerimónia do lançado do “Decénio da Mulher Africana e de igual modo das jornadas do 31 de Julho, Dia da Mulher Africana.

Lamentou o facto das mulheres e meninas enfrentarem ainda desafios especiais em termos de pobreza, violência, emprego, educação saúde e outros.

Tais aspectos, segundo a secretaria geral da OMA, dificultam a capacidade das mulheres em realizarem o seu pleno potencial durante a vida.

Esta situação, frisou Luzia Inglês, levou a implementação de uma estratégia das ministras africanas no sentido de aprovarem a Decénio da Mulher Africana, com o objectivo de executar vários compromissos que abranjam, antes de mais, esta camada da sociedade e que se desenvolva a nível de cada país e de cada uma das regiões do continente berço.

Para a Secretaria geral da OMA, o lançamento da Decénio da Mulher Africana, que vai de 2010 a 2020, marca de igual modo o início de um programa eficaz para encorajar os governos a trabalharem afincadamente nas questões das mulheres.

Solidárias com as mulheres de outros Estados africanos, apelou-as no sentido de convencerem aqueles que ainda não o fizerem, enquanto para os países membros augura que estes reservem fundos para a implementação das acções em prol dos programas da Organização da Panafricana da Mulher Africana (OPM).

Como membro fundadora da OPM, a OMA reitera o contínuo trabalho para que as áreas temáticas agendas para a década, entre os quais o automação económica, das mulheres, aumento do acesso a terra agrícola, insumos agrícolas tecnologia, mercado e

acesso a água e outros, sejam sempre uma aposta do governo angolano e não só.

A Decénio da Mulher Africana foi lançada oficialmente em 2010, Quénia, precisamente no Dia Mundial da Mulher Rural, a assinalar-se a 15 de Outubro.

Nesta senda, a União Africana concedeu aos Estados membros um prazo, até ao ano de 2020, para se alcançar uma representação de 50/50 entre homens e mulheres na política e no processo de tomada de decisões e acções em matéria de igualdade de género e emponderamento das mulheres em todos os níveis do espaço político, económico e social.

Fonte: Portal Angop

+ sobre o tema

para lembrar

Fundo Baobá realiza aula inaugural do Programa Já É – Educação e Equidade Racial

O Fundo Baobá para Equidade Racial realiza nesta quinta-feira...

Jovens no Brasil trabalham mais e estudam menos, mostra relatório da OCDE

O Brasil tem o maior índice de jovens que...

Curso de extensão gratuito sobre História da África inscreve até o dia 30

O Grupo de Estudo das Populações Negras (GEPN) do...
spot_imgspot_img

Geledés participa do I Colóquio Iberoamericano sobre política e gestão educacional

O Colóquio constou da programação do XXXI Simpósio Brasileiro da ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da Educação), realizado na primeira semana de...

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas, como imaginado. A estudante do 3º ano do ensino médio Franciele de Souza Meira, de...
-+=