Dez milhões de pessoas deixaram as favelas no Brasil na última década, diz ONU

Apesar da melhora, retirada de casas em áreas irregulares ocorre em ritmo lento


Relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) aponta que cerca de dez milhões de pessoas deixaram de viver em favelas no país na última década. Apesar da melhora, a resolução de problemas estruturais, como a construção de casas em áreas irregulares e a falta de saneamento básico, ainda ocorre em ritmo lento, conforme apontam moradores e especialistas.

Em algumas regiões, como no Rio de Janeiro, as novas comunidades não param de crescer. É o caso do morro da Rocinha, na capital fluminense, que conta com quase 200 mil moradores.

Embora muitos moradores tenham medo de serem retirados de suas casas, José Breitas, da Associação de Moradores de São Conrado, cobra uma atitude do poder público, já que o crescimento desenfreado das favelas prejudica a qualidade de vida da população local.

– O poder público não exerce a sua função de coibir a bagunça. O número de casas aumenta a cada ano.

De acordo com Andrelino Campos, geógrafo da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a remoção de casas irregulares quase nunca acontece. Calcula-se que existam somente na cidade do Rio de Janeiro mais de 1.020 favelas.

– A omissão significa autorização.

Construções irregulares dividem o espaço com regiões de uso público, como o autódromo de Jacarepaguá. Na região, existe uma comunidade que ganhou o nome de “Vila do Autódromo” e conta com cerca de 1.600 moradores. Com a área deve ganhar novos equipamentos para as Olimpíadas de 2016, a favela pode acabar deixando de existir.

 

 

Fonte: R7

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