Dilma: mínimo de R$ 545 é prova de força e coesão política

Por: Laryssa Borges

A presidente Dilma Rousseff atribuiu nesta quinta-feira a vitória do governo na aprovação do salário mínimo de R$ 545 à “coesão e força política”. A presidente, que ao longo da quarta-feira foi informada constantemente das negociações entre parlamentares e ministros sobre o novo valor do benefício, fez o relato ao governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB).

“A presidente Dilma está muito satisfeita. (Ela disse que) Foi uma demonstração de coesão, força política e esforço político”, relatou Cabral que, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, conversou com a chefe do Executivo políticas para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016.

Após conseguir enquadrar 100% do PMDB (principal partido aliado) em prol da proposta governista, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira o projeto de lei que fixa o valor do salário mínimo em R$ 545. Para entrar em vigor texto ainda precisa ser aprovado no Senado, o que deve ocorrer já na próxima semana.

Ao longo das negociações, o Palácio do Planalto mobilizou ministros – Guido Mantega, da Fazenda, e Carlos Lupi, do Trabalho, buscaram “convencer” os deputados a manter os R$ 545 – e líderes governistas para garantir que não haveria risco de derrota no primeiro embate do governo Dilma.

O plenário da Câmara dos Deputados conseguiu rejeitar por 376 votos a 106 a emenda proposta pelo PSDB para elevar o salário mínimo para R$ 600. A proposta do Democratas, avalizada pelas centrais sindicais, em prol do reajuste para R$ 560 também caiu por terra com 361 votos contra e 120 a favor. Dois petistas não seguiram a orientação em prol do mínimo de R$ 545, o que ainda asssim não comprometeu a vitória folgada do governo no projeto.

 

Fonte: Terra

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