Segundo os policiais, o advogado da diretora explicou que ela passou mal no domingo à noite
Alaíde Ugeda Cintra, a diretora do colégio Cidade Jardim Cumbica não compareceu nesta segunda (9) ao 3° Distrito Policial de Guarulhos para prestar depoimento. Ela havia sido intimada a depor após as acusações de racismo por parte da mãe de um aluno.
Segundo os policiais, o advogado da diretora explicou que ela passou mal no domingo à noite e não conseguiu comparecer no horário marcado.
O advogado deve comparecer nesta terça (10) a delegacia para apresentar a justificativa oficial da falta.
Os policiais irão remarcar dia e horário para que Alaíde preste os esclarecimentos.
O caso foi registrado por Maria Izabel Neiva, mãe de Lucas Neiva, de 8 anos.
Ela diz que foi impedida de rematricular o garoto porque teria se negado a atender o pedido da direção da escola para cortar o cabelo crespo, em estilo black power, de Lucas.
A direção afirmou que a matrícula não ocorreu porque as vagas já estariam esgotadas quando ela foi à escola.
A polícia já ouviu uma testemunha (mãe de outro aluno), que disse em depoimento ter conseguido fazer a rematrícula de seu filho, mesmo depois de Maria Izabel ter sido informada que as vagas tinha se esgotado. Segundo os policiais, a diretora do colégio também vai depor.
Uma funcionária da direção também foi chamada.
Em nota, o colégio sustentou que a mãe perdeu o prazo da rematrícula e foi orientada a colocar o nome do filho na lista de espera.
Ainda segundo a escola, a professora havia orientado a mãe a cortar o cabelo do menino porque a franja estaria atrapalhando a visão dele, mas que o pedido não teria relação com o fato do menino não poder ser rematriculado.
A “Tal” Consciência Humana: Aluno de 8 anos com cabelo Black Power impedido de fazer rematrícula em escola
Fonte: Diário de Guarulhos