Discriminação e racismo institucional – Brasil 2014

Um debate-denúncia sobre a discriminação racial e o racismo institucional que permeiam as relações sociais e contaminam o mercado de trabalho brasileiro (2014).

O programa 3 a 1, da TV Brasil/EBC, nas vésperas do dia 21 de março, Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, debateu a questão do racismo enraizado na sociedade brasileira, não obstante a miscigenação prevalecente no país mascare a desigualdade racial, que é revelada, contudo, sem velamentos, pelas estatísticas do IBGE , que demonstram que os trabalhadores negros ganham menos da metade dos que exercem a mesma função de trabalho, mas têm a pela clara, assim como enfrentam obstáculos insidiosos no acesso e escalonamento profissional em suas carreiras. A mediadora deste programa foi a jornalista Luciana Barreto.

Participantes:

Paulo Rangel – O primeiro afrodescendente a alcançar o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sendo ainda professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Elisa Larkin Nascimento – Cientista social, diretora do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro Brasileiros, viúva do ativista social Abdias do Nascimento (http://youtu.be/NpFaKVPlN7I .
Joel Zito Araújo – Doutor em Ciências da Comunicação, cineasta e escritor (http://pt.wikipedia.org/wiki/Joel_Zit… ).. Assista deste cineasta ao documentário “Raça”, que aborda a “história de três pessoas na luta pela igualdade, em um país que diz orgulhar-se de ser exemplo de democracia racial…” em:https://www.youtube.com/watch?v=iVR_d…

Leia o sumário e as primeiras páginas do livro “Ação Afirmativa em Questão” (Editora Pallas), organização de Ângela Randolpho Paiva, “resultado do seminário Ação Afirmativa em Perspectiva Comparada, realizado na PUC-Rio” e referido neste debate. O sumário a que se alude incorpora a visão da jornalista Miriam Leitão sobre as medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais e outros, emhttp://www.gruposummus.com.br/indice/… .

Editora Pallas: http://www.pallaseditora.com.br/produ…
Trechos em destaque deste debate:

Elisa Alekin Nascimento – “(…) a ideia de que o negro só precisa estudar para estar bem, livre do preconceito no Brasil e da inferioridade que não é explicitada”, é falsa.. (Timer 07:43 a 12:32)

Joel Zito Araújo — “(…) Ainda hoje vivemos (no Brasil) com o imaginário colonial. Ainda não superamos o colonialismo português. Ainda sonhamos e pensamos o Brasil de uma forma parecida como a elite portuguesa no tempo da escravidão. E um dos desejos era de fazer este país um país branco (…) implantando-se a ideologia do branqueamento (…), da inferioridade do negro e a introjeção do sentimento nacional de vira-lata que nós temos”. (Timer 14:08 a 15:45).

Sobre o Racismo Institucional no Brasil, que perpassa a área Penal – que estabelece a diferença entre a injúria racial e o crime de racismo, mitigando a resposta penal para este crime -, e se estende ao mercado de trabalho, atente-se ao “timer” de 16:50 a31:33.

No espírito consentâneo ao “fair use”, pela relevância informativa e atualidade do tema, insere-se neste canal do YouTube o debate difundido a 20/03/2014 pela TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) (http://www.ebc.com.br/ ), empresa pública brasileira criada para gerir as emissoras de rádio e televisão públicas federais.

Não deixe também de assistir à entrevista concedida pelo Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal, ao jornalista Roberto D´Ávila, para a Globo News, no dia 25/03/2014 – na qual aborda a questão do racismo no Brasil (timer 35:36 em diante), bem como faz a constatação da rarefação dos afrodescendentes nos escalões de mando, decisão e representação da vida política e administrativa do Brasil – interna e externa -, caracterizando a institucionalização da marginalização dos afrodescendentes como herança ainda onipresente do sistema escravocrata que vigeu durante séculos, esteou e contaminou a nação brasileira -, no link a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=081Zh

 

Fonte: Aquilombando

 

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