“Desde a abolição da escravatura nós, negros e negras tivemos como endereço as ruas e nelas criamos e reforçamos grande parte das nossas manifestações culturais. A capoeira, o samba, o hip hop e tantas outras que contribuem na formação da identidade nacional. É bem verdade também que estas contribuições efetuadas ao longo do tempo não foram reconhecidas, muito menos valorizadas pela maioria dos governos que por aqui passaram, reafirmando a distância entre o palácio e o povo, sem jamais considerar a necessidade da reparação histórica. Quando alguém que representa a cultura periférica é convidado pelo excelentíssimo ministro da Cultura e pelo secretário executivo Alfredo Manevy, para ocupar uma cadeira de notório saber no Conselho Nacional de Política Cultural, o governo Lula dá, dá um grande passo à frente, admitindo que o povo pode e deve participar da formulação das políticas públicas.
O Conselho Nacional de Política Cultural, órgão da estrutura básica do Ministério da Cultura tem como finalidade propor a formulação de políticas públicas que promovam a articulação e o debate entre o governo e a sociedade civil organizada para o desenvolvimento e o sustento das atividades culturais. E tem garantido sua missão gente, avaliando e propondo mudanças estruturais na cadeia produtiva da cultura, caso do Plano Nacional de Cultura, reforma da Lei Rouanet, Mais Cultura, abertura de novos editais, o Vale Cultura e até mesmo esta Conferência, esta Conferência. Fruto da intensa mobilizaçao nacional e que parte do resultado já pudemos conferir nas pré conferências setoriais, mostrando uma grande articulação, onde arte digital, artesanato, arquitetura, arquivos, memória e documentacão, artes visuais, audiovisual, bibliotecas, circo, culturas afro brasileiras, cultura dos povos indígenas, culturas populares, dança, desing, livro, leitura e literatura, moda, museus, música, patrimônio imaterial, patrimônio material e teatro elegeram delegados e delegadas de todo o país e que aqui estarão, aqui estarão. É bom lembrar, também durante as pré conferências setoriais foram eleitas as pessoas que renovarào os assentos do Conselho Nacional de Política Cultural, renovando ainda a certeza da criação de novas propostas de políticas específicas que garantam a cultura livre, presidente, e os avanços conquistados nesse governo como política de Estado, é isso que nós queremos.
Que consigamos, por exemplo, garantir o acesso a bens culturais por meio da flexibilizaçao dos direitos autorais. Por que não? Por que não? Agradeço a todos e a todas que tiveram a coragem de estar aqui defendendo seus anseios, pois, é assim que fazemos protagonistas da história cultural brasileira.”
Fonte: GOG Rap Nacional