E gba mi o!

por Arísia Barros

Em Alagoas o povo pobre e de pele parda e preta está alijado dos espaços de decisão. Porque assim como o racismo que gera a pobreza, o poder tem cor.

É ideologicamente branca, a cor do poder!

A cor do poder, em Alagoas, ignora Palmares, o maior quilombo de uma história universal que resistiu por quase 100 anos.

Palmares é referência no mundo, menos em Alagoas.

O governo de Alagoas ignora a Lei nº 10.639/03 e monta o faz-de-contas-de-notícias pregadas-avexadas-para-vender-a-sensação-de-que-está-tudo-bem.

Não está!

Como os desabrigados discriminados habitando os campos de refugiados da última enchente, a educação, em Alagoas, está afônica de tanto pedir “e gba mi o.”

“E gba mi o”, em yorubá, língua africana que dizer: Socorro!

O enfrentamento ao racismo ou as outras formas de discriminação em Alagoas é agenda marginal, relegada aos espaços periféricos das políticas públicas.

A saúde em Alagoas vive na ala vermelha, que lembra sangue associado ao sofrimento do povo, que sem saúde, morre da doença do descaso institucional.

Mortes que viram meras estatísticas.

Help!

Eles são homens, quase todos politicamente brancos e apesar da mesmíssima conversa comprida de que somos todos mestiços, querem se manter no poder.

Como uma capitania hereditária: todos homens, brancos, ditos heterossexuais, católicos e iguais.

Homens que ignoram Palmares, mulheres, pobres e o povo de pele parda e preta.

Assim é Alagoas.

Até quando?

Fonte: Raízes da ÁFrica

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