Paulo Alexandre Barbosa descarta argumento de que programa não tinha demanda
Foi um erro a redução do Escola da Família”, diz o secretário, escolhido por Alckmin para ocupar a pasta na nova gestão. “Acho que essa redução não foi a atitude mais acertada. É só você caminhar pelas cidades, pelos municípios, e as escolas pedem o retorno do programa Escola da Família. É um sinal de que existe demanda e aceitação da população”, acrescenta.
Uma das vitrines do segundo governo Alckmin (2003-2007), o Escola da Família abria os colégios estaduais aos fins de semana para as comunidades. Para organizar as atividades, ex-estudantes da rede pública eram contratados como voluntários, e recebiam bolsas universitárias do governo em contrapartida. O programa foi drasticamente reduzido nos primeiros meses do governo Serra, sob a alegação de que não havia demanda suficiente para a abertura de todas as escolas. De 2007 (primeiro ano do governo Serra) para 2008, a redução do orçamento para o programa foi de 48%.
Na entrevista, Barbosa também faz um diagnóstico pessimista da qualificação da mão obra no Estado, e promete soluções para melhorar os indicadores sociais do Estado. “Hoje existem milhares de vagas que deixam de ser ocupadas no mercado de trabalho por falta de profissionais qualificados. E nós queremos preparar essas pessoas para que elas se inserirem no mercado de trabalho”, diz. “Nós vamos criar uma grande escola de desenvolvimento social no estado de São Paulo. Um centro de formação que vai dar formação presencial e à distância”, conclui.
Apontado como uma indicação do deputado federal eleito Gabriel Chalita (PSB-SP) para o cargo, Barbosa confirma a reaproximação entre Alckmin e seu ex-secretário de Educação, que deixou o PSDB em 2009 com fortes críticas à Serra. “A relação que o governador Geraldo Alckmin tem com o Gabriel Chalita nunca foi escondida. É uma relação que existe independentemente dos caminhos políticos que foram seguidos.”
O aumento de professores temporários, a falta de diálogo com a categoria, repressão com violência aos professores, além da edição de livros escolares para alunos entre 10 e 12 anos com pornografia, livros com erros de geografia e história, agora Serra é criticado por suspender programa que visava integração de alunos, ex-alunos e a comunidade local.
*Celso Jardim com informações do Estadão
Fonte: Estadão