Educador é preso por tentar assediar adolescente

Ele criou uma conta falsa no Facebook e passou a fazer propostas sexuais a jovens

Um educador de Araraquara foi preso enquanto trabalhava, na tarde de ontem, acusado de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável. 

Marcos Liba, de 36 anos, é coordenador de um colégio particular de classe alta da cidade e, há dois meses, vinha conversando com um aluno de apenas 14 anos por meio do Facebook. 

“Ele criou um perfil fake [falso], em agosto, com o nome de João Daletto, e passou a chamar o adolescente para ter relações sexuais em troca de dinheiro e de boas notas em provas”, explica o delegado Elton Hugo Negrini, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Em alguns trechos, Liba oferecia de R$ 800 a R$ 1 mil por mês para que o garoto mantivesse relações sexuais com ele. 

“De boa com grana e na escola. Dou a prova um dia antes para você tirar boa nota” e “Não quer uma nota de R$ 100 hoje?”, são alguns dos trechos da conversa do educador, que traz ainda diálogos claros de aliciamento sexual. 

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O garoto ignorou por dias o estranho contato, mas acabou desconfiando de quem se tratava, já que o acusado dava alguns detalhes para chamar a atenção do adolescente. “O garoto teve a certeza que era ele, pois o coordenador passava detalhes de dentro da escola e chamava ele pelo sobrenome, sendo que era o único a chamá-lo assim”, explica o delegado.

Para ganhar a confiança do educador, o garoto começou a conversar e fazer o que ele pedia, para que tivesse certeza de quem se tratava.

Denúncia

Na quinta-feira, o garoto contou ao padrasto sobre o caso e mostrou toda a conversa. O padrasto procurou o pai do adolescente e ambos foram à delegacia para denunciar.

“Eles falaram sobre o caso e trouxeram toda a conversa. Prendemos o coordenador ainda na escola. Agora, faremos o caminho inverso, olhando o notebook e celular do coordenador para saber se este é ou não o único caso”, afirma o delegado Negrini. 

Liba poderá pegar de 4 a 10 anos

Marcos Liba foi levado à delegacia, onde acabou confessando ter mantido tais conversas com o aluno. O educador, que preferiu não se pronunciar sobre o caso, foi indiciado por favorecimento à prostituição de vulnerável, já que se trata de um menor de idade.

Após ser ouvido e passar pelo Instituto Médico Legal (IML) para exames, o educador foi encaminhado à Cadeia Pública de São Carlos e ainda hoje será transferido para a cadeia de Serra Azul. Se comprovada sua culpa, o educador poderá pegar entre quatro e dez anos de prisão.

Educador

Marcos Liba é formado em Ciências Sociais pela Unesp de Araraquara e é especialista em Educação. Ele trabalha com a realização de palestras, oficinas e na coordenação de uma escola, além de realizar campanhas de alerta sobre bullying.

Seus trabalhos são reconhecidos até pelo próprio pai do jovem. “O pai do estudante afirmou que o coordenador era um bom professor, que realizava trabalhos importantes como o campanhas de combate ao bullying”, ressalta o delegado Elton Hugo Negrini.

Através de sua assessoria de imprensa, a escola onde trabalha Liba, afirmou que só se pronunciará após o advogado tomar ciência do caso.

 

 

Fonte: Jornal de Araraquara

 

 

 

Fonte: Araraquara

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