Após a decisão da justiça federal do Ceará de determinar a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, os termos “Enem cancelado” e “justiça federal” entraram na lista de assuntos mais comentados no Twitter (trending topics) no mundo. Entre os assuntos que mais repercutiram na rede social no Brasil, também estão desde cedo “Haddad”, “#enemfail” e “#apoiohaddad”.
Mais cedo, a Defensoria Pública da União (DPU) recomendou ao Ministério da Educação (MEC) a suspensão do Enem 2010. Se o MEC não acatasse o pedido em dez dias, a DPU informou que entraria na justiça. Por causa do pedido, Defensoria Pública e DPU também entraram nos trending topics brasileiros.
No domingo, usuários do Twitter e do Facebook disseram estar atualizando suas páginas nas redes sociais direto das salas de provas, o que configuraria uma grave infração às regras de segurança. Como resposta, o Ministério da Educação ameaçou, por meio do Twitter oficial do órgão (@MEC_Comunicacao), processar estudantes que “tumultuaram” o Enem 2010 através das redes sociais.
Com linguajar inapropriado, a assessoria de comunicação do MEC diz que está monitorando os candidatos: “Alunos que já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los”. Mais cedo, mensagens na rede social teriam sido enviadas por alunos que ainda estavam dentro da sala de prova do Enem, por celular.
No final da tarde, o ministério acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a atuação de um repórter do “Jornal do Commercio” de Pernambuco, que tuitou do banheiro de um dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o tema da redação, um dos testes aplicados neste segundo dia de prova.
De acordo com a assessoria do MEC, a PF foi acionada porque o repórter teria tentado violar o sistema de segurança, por fazer uso de um aparelho celular, e revelar o tema da redação antes do prazo mínimo de permanência dos candidatos no local de prova.
A contraofensiva do ministério se segue às ameças de candidatos de todo o país, que estudam recorrer à Justiça contra os problemas ocorridos na prova de sábado.
Fonte: Globo