Erenice Guerra anuncia processos contra revista Veja

Escritório Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano e Renault Advogados Associados fará defesa

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, contratou o escritório de advocacia Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano e Renault Advogados Associados para atuar nas ações judiciais contra reportagem publicada pela revista Veja desta semana, contestada por meio de nota. As informações constam em comunicado distribuído nesta segunda-feira (13) à imprensa.

A reportagem da Veja traz a denúncia de que Israel Guerra fez lobby para empresas aéreas com interesses na obtenção de contratos com os Correios. Segundo a publicação, o lobby teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões. Na ocasião, a Casa Civil era chefiada pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e Erenice ocupava o posto de secretária executiva, atuando como principal auxiliar de Dilma.

Pela manhã, a ministra também solicitou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a imediata instauração de procedimento para apurar a sua conduta em relação às notícias publicadas pela revista. Na solicitação, a ministra reafirmou a disposição de abrir os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, se necessário, bem como os sigilos de seu filho.

A reportagem

Reportagem da revista Veja afirma que o filho da ministra teria recebido dinheiro de um empresário para intermediar um contrato com os Correios e que Erenice teria se encontrado algumas vezes com esse empresário. Erenice nega as acusações e divulgou nota para se defender no fim de semana.

No texto, ela se refere à reportagem como “caluniosa” e diz que colocará à disposição seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Além disso, afirma que irá tomar, em relação à revista, “medidas judiciais para a reparação necessária”.

Antes de assumir a Casa Civil em abril deste ano, Erenice foi braço direto da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, quando ela comandava a pasta.

As denúncias contra a ministra Erenice ganharam a campanha eleitoral e foram mencionadas pela propaganda eleitoral na TV do candidato do PSDB, José Serra, e também foram citadas pelo tucano durante o debate entre os presidenciáveis promovido na noite de segunda-feira pela RedeTV! e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Dilma afirmou no debate que não poderia ser julgada pelo que o filho de sua antiga assessora poderia ter feito. E cobrou apuração das denúncias.

Nesta segunda-feira (13), o assessor da Casa Civil Vinícius de Oliveira Castro pediu para deixar o cargo. Ele foi citado na reportagem como participante do suposto suposto esquema para beneficiar empresas com contratos no governo.

Fonte: R7

+ sobre o tema

para lembrar

APAN participa de audiência pública para debater futuro das políticas afirmativas no audiovisual

No próximo dia 3 de setembro, quarta-feira, a Associação...

Condenação da Volks por trabalho escravo é histórica, diz procurador

A condenação da multinacional do setor automobilístico Volkswagen por...

Desigualdade de renda e taxa de desocupação caem no Brasil, diz relatório

A desigualdade de renda sofreu uma queda no Brasil...

Relator da ONU critica Brasil por devolver doméstica escravizada ao patrão

O relator especial da ONU para formas contemporâneas de...

ECA Digital

O que parecia impossível aconteceu. Nesta semana, a polarização visceral cedeu e os deputados federais deram uma pausa na defesa de seus próprios interesses...

ActionAid pauta racismo ambiental, educação e gênero na Rio Climate Action Week

A ActionAid, organização global que atua para a promoção da justiça social, racial, de gênero e climática em mais de 70 países, participará da Rio...

De cada 10 residências no país, 3 não têm esgoto ligado à rede geral

Dos cerca de 77 milhões de domicílios que o Brasil tinha em 2024, 29,5% não tinham ligação com rede geral de esgoto. Isso representa...