Atuando há cerca de um ano como youtuber, Giovanna Ewbank comemorou a marca de 1 milhão de inscritos com um vídeo repleto de declarações sinceronas. Ela reclamou de seus trabalhos na Globo durante um papo com os fãs, que foi ao ar nesta terça (26).
Antes de se lançar como apresentadora no Vídeo Show, Giovanna atuou em novelas como Malhação, A Favorita e Joia Rara. Ela diz que acabou perdendo sua essência na TV por se preocupar demais com a reação do público. “O trabalho do ator precisa ser prazeroso. Eu me perdi um pouco. Eu perdi minha essência na TV porque queria agradar o público. E acabou que se você não agrada a si mesma, nunca vai agradar ninguém“, confessou.
Quando começou a namorar Bruno Gagliasso, em 2009, ela diz ter sido taxada como ‘namorada’ do ator, já conhecido e bem sucedido na emissora. “Não consegui mostrar quem eu era dentro da TV Globo. Só quando fiz a Dança dos Famosos [em 2014] comecei a falar por mim e não por uma personagem. Depois fiz uma matéria no Malawi e depois entrei para o Vídeo Show“, relembrou.
Mesmo longe da dramaturgia, ela não acabou não se encaixando na proposta da emissora. “Mas o Vídeo Show não deixa a gente falar também da maneira que a gente fala. Eu sou desbocada! Numa emissora você é podada da maneira que eles querem que você seja naquele produto. Por isso nunca pude mostrar quem, de fato, eu era“, criticou.
Outro momento marcante do papo foi o desabafo sobre a adoção de Titi, adotada por ela e o marido no Malawi. As duas se conheceram quando Giovanna fez um trabalho social no país africano. “A primeira vez que a vi sabia que era minha filha. E com ela a mesma coisa. Na hora que liguei pro Bruno e falei que tinha encontrado a nossa filha e que não ia sair de lá sem ela, pensamos: ‘Imagina o que vão falar’. Não ia deixar de viver um amor verdadeiro por conta do que iriam falar. Ela já chegou me ensinando um monte de coisas, como um furacão na minha vida“, afirmou.
Giovanna se emocionou ao falar como a chegada da menina mudou sua percepção em relação ao racismo. “Sempre soube que existia a desigualdade racial, o preconceito, mas nunca perto de mim, não tinha essa noção. Hoje em dia, quando entro num restaurante, eu quero ver quantos negros estão sentados comendo no mesmo restaurante que eu. (…) Meu objetivo de vida é de que ela seja a mulher mais feliz desse mundo, empoderada, que lute pelos seus direitos e sirva de inspiração para outras crianças e mulheres negras. Eu sabia da desigualdade racial, mas não fazia nada porque não estava ao meu redor. Hoje quero abrir os olhos e alertar a população para essa questão racial. Sem querer, ela já conseguiu movimentar a vida de muitas pessoas“, disse ela aos prantos.
Assista: