Até o fim deste ano, 10 mil soldados americanos devem deixar país; presidente afegão recebe condolências por morte de meio-irmão.
Os Estados Unidos começaram a retirar seu contingente militar posicionado no Afeganistão com a saída dos primeiros 650 soldados mobilizados até agora em áreas perto da capital, Cabul, informou o porta-voz militar americano Nicholas Conner.
“Os primeiros militares que estão sendo repatriados e não serão substituídos pertencem aos regimentos 113 e 134 da 34ª Divisão. Seu retorno para casa começou na quarta-feira e terminará na semana que vem”, explicou. Até o final de julho, devem ser retirados 800 soldados americanos do país asiático.
Segundo ele, o regimento 113 estava alocado em Cabul, enquanto o 134, que será substituído parcialmente por tropas americanas já desdobradas no país, estava estacionado na Província de Parwan, situada ao norte da capital.
Os EUA possuem cerca de 100 mil soldados no Afeganistão, quase três quartos do contingente internacional presente no país asiático, que é de 133 mil tropas.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou há três semanas que neste ano serão retirados 10 mil soldados americanos do Afeganistão e que, até setembro de 2012, terão retornado 33 mil militares.
As demais tropas americanas deixarão o Afeganistão gradativamente para completar a retirada até 2014, data estipulada na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizada em novembro, em Lisboa.
Cerimônia para o irmão de Karzai
A informação sobre o início da retirada surgiu enquanto várias centenas de autoridades afegãs e internacionais foram ao palácio presidencial nesta sexta-feira expressar seus pêsames ao presidente Hamid Karzai, cujo meio-irmão foi assassinado no início desta semana em sua casa em kandahar, no sul do Afeganistão.
O general americano David Petraeus, o principal comandante das forças dos EUA e da Otan no Afeganistão, o embaixador americano Karl Eikenberry e o enviado da ONU Staffan de Mistura compareceram ao memorial juntamente com ministros, legisladores e líderes militares afegãos.
Fonte: iG