Ex-marido mata juíza de Alto Taquari com três tiros

Vítima estava dentro de seu gabinete no Fórum e morreu no local

A juíza de Direito Glauciane Chaves de Melo, da Comarca de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá), foi morta na manhã desta sexta-feira (7), vítima de um atentado cometido por seu ex-marido, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, que trabalhava no hospital municipal.

Segundo as informações, a magistrada foi alvejada, com três tiros na cabeça, em seu gabinete, no próprio Fórum do município.

Natural de Conselheiro Lafaiete (MG), a juíza havia assumido a Comarca em junho do passado.

Ela e o enfermeiro mantiveram uma relação estável, encerrada oficialmente no último mês de janeiro. Mas, segundo informações, eles já estavam separados desde dezembro de 2012. O casal não tinha filhos.

Segundo informações de servidores, Evanderly entrou no Fórum, ao qual tinha livre aceso, e foi direto para o gabinete da magistrada, onde iniciou uma discussão.

Em seguida, ele sacou um revólver e efetuou vários disparos. O barulho gerou um início de tumulto no local.

Na sequência, ele fugiu correndo do local. Um segurança do Fórum chegou a persegui-lo, e fazer alguns disparos na direção do acusado, que, em seguida, se escondeu num matagal.

O delegado João Ferreira Borges informou que policiais civis e militares estão em busca do suspeito.

Ele disse ter acionado a Perícia Técnica para fazer o trabalho no local do homicídio.

Bope em ação

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando Perri, e o juiz auxiliar da presidência, Luiz Octávio Sabóia, viajam no início da tarde para Alto Taquari.

A Coordenadoria Militar do TJ confirmou o envio de uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para ajudar nas buscas ao acusado.

Também entrou em contato com o Comando Militar da região do Araguaia para auxiliar as diligências.

Foi solicitado ainda o bloqueio das estradas que dão acesso aos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Antes de atuar como magistrada, em Mato Grosso, Glauciane Chaves de Melo havia trabalhado como advogada e assessora de um desembargador, em Minas Gerais.

Morte de juíza choca advocacia em Belo Horizonte

A morte da juíza Glauciane Chaves de Melo chocou os advogados do escritório Figueiredo Branco Advocacia e Consultoria Jurídica, de Belo Horizonte, onde a magistrada prestou serviços antes de passar no concurso para juíza substituta em Mato Grosso.

Segundo informações, Glauciane era uma pessoa concentrada no trabalho e tinha uma capacidade grande de memorizar as informações de um contrato ou de um processo.

Mesmo se mudando para Mato Grosso, não perdeu contato com os amigos que deixou em Belo Horizonte, sempre trocava e-mails com informações sobre novas jurisprudências e artigos jurídicos para mantê-la atualizada.

Fonte: Midia News 

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