Feira Preta ganha plataforma de e-commerce e inaugura espaço para apoiar negócios na transformação digital

Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta | Divulgação / Renato Stockler

Tradicional evento de empreendedorismo e cultura negra, a Feira Preta vai ganhar uma plataforma de comércio eletrônico, o PretaHub.com.

O projeto é uma parceria com o banco Santander e vai ao ar em novembro, quando acontecerá a 19ª edição da Feira Preta — este ano em versão exclusivamente virtual e focada em conteúdo: com shows, palestras e workshops em celebração da cultura negra.

O portal PretaHub vai funcionar como um marketplace e já conta com 1.000 empreendedores cadastrados.

Junto com o e-commerce, nasce também a Casa PretaHub, um espaço de convivência e de apoio à digitalização de pequenos negócios. A Casa está prevista para inaugurar em setembro e vai contar com estúdios de audiovisual para gravação de música e podcasts, cozinha para gravar de programas de gastronomia, impressoras 3D, biblioteca, área de exposições e ambiente de loja compartilhada.

A Feira Preta nasceu em 2002 como uma feirinha na Praça Benedito Calixto, em São Paulo. Foi fundada por Adriana Barbosa e uma amiga, que estavam cansadas de montar barraquinhas nas feiras dos outros.

A feira cresceu, ganhou edições no Anhembi e no Memorial da América Latina — e chegou a abrigar shows de Mano Brown e Criolo. Mas foi uma edição que deu prejuízo, em 2016, que levou Adriana a repensar o modelo de negócio.

Transformado em instituto, a Feira Preta virou PretaHub, hoje um ecossistema de fomento ao empreendedorismo que reúne, além da própria feira, o AfroLab, uma plataforma de educação empreendedora, e o AfroHub, programa de aceleração de negócios em parceria com a Afro Business e a Diáspora.Black e que tem patrocínio do Facebook.

A pandemia atrasou os planos de lançamento da Casa PretaHub — e também levou à sua transformação. De um lugar de convivência e co-working, a Casa foi redesenhada para apoiar os empreendedores na transformação digital.

O projeto tem patrocínio do Extra, do Facebook, do fundo de venture capital SoftBank e da Fundação Tide Setubal.

A Casa nasce patrocinada, mas foi desenhada para caminhar com as próprias pernas. Adriana espera conseguir se auto sustentar a partir de seis meses a um ano.

O modelo de negócios é o freemium — mistura de gratuito com premium. Os estúdios podem ser reservados sem custo, mas o serviço é pago para quem quiser utilizar por mais horas e dispor de um técnico de som, uma produtora ou outros serviços. — Vai ser um espaço de compartilhamento de infraestrutura, criando uma comunidade de empreendedores que se apoia mutuamente —, diz Adriana.

A casa vai ocupar 530 m2 em dois andares no número 50 na Avenida Nove de Julho, no centro de São Paulo, e também se propõe a revitalizar a região: a praça em frente vai ser administrada pela Farah Service, empresa de melhorias urbanas que é responsável pela ciclofaixa da Marginal Pinheiros.

A pandemia adiou os planos de inauguração da Casa, que inaugura no mês que vem as áreas de estúdio, atendendo aos protocolos sanitários e de distanciamento social.

O plano é transformar a Casa em uma franquia social, levando o conceito para outros Estados. A próxima já tem endereço: em Cachoeira, no Recôncavo Baiano.

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