Reportagem do jornal britânico Financial Times afirma que a corrupção não pode ser atribuída somente ao PT, mas é um desafio de todo o País; na matéria é citado o suposto esquema de corrupção na compra de trens envolvendo governos tucanos de São Paulo; segundo o veículo, isso “constrange o PSDB, que governa o Estado de São Paulo há 20 anos”; o texto diz que a legenda tucana também está “na berlinda”
No Brasil 247
Uma reportagem do jornal britânico Financial Times publicada nesta segunda-feira (29) afirma que a corrupção não pode ser atribuída somente ao PT, mas é um desafio de todo o País. Na matéria é citado o suposto esquema de corrupção na compra de trens envolvendo governos tucanos de São Paulo. Segundo o veículo, isso “constrange o PSDB, que governa o Estado de São Paulo há 20 anos”. O texto diz que a legenda tucana também está “na berlinda”.
O jornal lembra que, ao publicar reportagens referentes ao Brasil, a imprensa internacional tem dedicado espaço ao esquema de corrupção na Petrobras, o que atinge, principalmente, os partidos da base aliada do governo federal.
“Mas, ainda que receba menos atenção, outro escândalo de longa data envolvendo o sistema ferroviário suburbano de São Paulo também está chegando a um ponto crítico”, diz o jornal.
Conforme a reportagem, a polícia já indiciou 33 pessoas e congelou mais de R$ 600 milhões em ativos de várias empresas do setor ferroviário – entre elas a alemã Siemens e a francesa Alstom – que têm negócios com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Uma das principais lideranças do PSDB em nível nacional, o paulista José Aníbal poderia ter ligação com o esquema, diz a reportagem. O processo está na Justiça.
“A suposta manipulação das propostas para construção de linhas do Metrô de São Paulo e da CPTM são um embaraço para o PSDB, cujo candidato, Aécio Neves, esteve perto de vencer as eleições contra Dilma Rousseff em outubro”.
Segundo FT, “o escândalo ferroviário de São Paulo, que poderia se estender por 15 anos de governos do PSDB entre 1998 e 2013, mostra que a corrupção nos contratos públicos é um problema brasileiro, e não um desafio de apenas de um único partido”.