Fonte: Angola Press –
Paris – A exposição consagrada à Editora “Présence africaine”, criada pelo escritor e homem de cultura senegalês Alioune Diop, iniciou-se segunda-feira à noite no Museu do Quai Branly, em Paris, na presença da sua viúva, Yandé Christiane Diop, constatou a PANA no local.
Denominada “Presença Africana, uma Tribuna, um Movimento, uma Rede”, a exposição relata 50 anos da história literária e cultural afroantilhana, da criação da revista “Présence africaine” em 1947 até agora, passando pela mutação desta para Editora em 1949.
“Um dos desafios desta exposição é precisamente lembrar ao público que, nos anos 60, foi criado um corpo de textos de literatura africana e antilhana graças à Présence africaine. A revista, depois Editora, foi um local que dava voz aos intelectuais negros”, declarou à PANA a comissária desta exposição, Sarah Frioux-Salgas.
A exposição, que durará até 31 de Janeiro de 2010, apresenta ao público obras publicadas em Présence africaine por célebres escritores negros, fotografias e testemunhos sonoros de contemporâneos de Alioune Diop ainda vivos.
Os visitantes poderão, por outro lado, acompanhar uma curta metragem realizada durante o primeiro Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN) organizado em 1966 em Dakar, no Senegal.
“Parece-nos essencial sublinhar o papel importante desempenhado nesta época por Alioune Diop que era relativamente pouco conhecido do grande público em relação aos seus ilustres companheiros como Césaire, Senghor ou Damas”, acrescentou a comissária da exposição.
Instalada há 50 anos no mesmo endereço, na quinta autarquia de Paris, Présence africaine prossegue as suas actividades editoras, apesar da morosidade que afecta todo o sector em França.