Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos recebeu apoio de entidades religiosas de caráter ecumênico. Para os parlamentares da frente, isso desmente o argumento de que está em curso uma “guerra santa” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH).
“É uma leviandade dizer que a criação da frente parlamentar é parte de uma ‘guerra santa’. Os fundamentalistas querem jogar uma névoa diante do fato de que eles disseminam ódio e preconceito e por isso usam esse argumento leviano. O apoio que recebemos hoje do Conselho Mundial de Igrejas, do Conselho Latinoamericano de Igrejas e de outras entidades religiosas desmente essa falácia”, declarou a deputada Erika Kokay (PT-DF), uma das coordenadoras da frente.
A audiência pública, coordenada pela deputada Marina Sant’Anna (PT-GO), teve como referência o comunicado do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) emitido em março passado sobre paz e segurança nos países da América Latina. O documento manifesta preocupação em relação ao tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, “feminicídio” e a exclusão de mulheres, jovens, povos indígenas e migrantes, entre outros tipos de violações de direitos.
Para além do tema em discussão, os convidados manifestaram apoio à atuação da frente parlamentar e criticaram a situação da Comissão de Direitos Humanos, presidida por um parlamentar considerado racista, homofóbico e sexista.
“O fundamentalismo distorce a mensagem essencial e sagrada das religiões”, disse Walter Altmann, moderador do CMI, referindo-se às posições de Feliciano e seus apoiadores.
Outras entidades religiosas que enviaram representantes à reunião da frente foram a Comissão Brasilieira de Justiça e Paz (CBJP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja Episcopal Anglicana e o Centro de Estudos Bíblicos (CEBI).
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara
Fonte: CBJP