Fundação Tide Setubal lança nova rodada de financiamento coletivo de bolsas de estudos para lideranças negras

FONTEEnviado para o Portal Geledés, por Danielle Lobato
Divulgação
  • As doações ocorrem por meio da plataforma de matchfunding disponível em: https://parcerias.benfeitoria.com/canal/alas
  • A cada R$ 1 doado por pessoas físicas e jurídicas o fundo Alas investe mais R$ 2, triplicando os valores recebidos.
  • Ao todo serão 110 bolsas de estudos ofertadas às lideranças negras nas instituições parceiras Insper, Singularidades, Vetor Brasil, Instituto Semear e Coletiva AfroFund.

A Fundação Tide Setubal, por meio da Plataforma Alas, realiza até 1º de junho uma nova rodada de campanhas de financiamento coletivo em parceria com Insper, Singularidades, Vetor Brasil, Semear e AfroFund. Serão ofertadas bolsas de estudos às lideranças negras nas universidades privadas que abrangem cursos de graduação e preparatórios para gestão pública, além de auxílio para a permanência universitária. A iniciativa tem o apoio financeiro do Itaú Unibanco, da Fundação Behring e da Fundação Lemann.

O financiamento coletivo ocorre por meio de matchfunding disponível em: https://parcerias.benfeitoria.com/canal/alas. A cada R$ 1 doado por pessoas físicas e jurídicas o fundo Alas investe mais R$ 2, triplicando os valores recebidos. Na rodada de 2021 foram mobilizados recursos para viabilização de 47 bolsas de estudo. Agora, a expectativa é que as campanhas arrecadem cerca de R$ 1 milhão, o que vai proporcionar a oferta de 110 bolsas.

Pelo segundo ano consecutivo, o Insper participa oferecendo apoio para o pagamento de mensalidades e outros tipos de auxílio para estudantes negros aprovados no Programa de Bolsas de Estudos Insper. Outra instituição parceira é o Instituto Singularidades, que mantém cursos de graduação de Letras e Pedagogia e distribuirá bolsas nesta modalidade. O Vetor Brasil também volta a oferecer cursos e mentorias individualizados com foco na gestão pública.

A nova rodada de financiamento coletivo ganhou a adesão de instituições que participam pela primeira vez, como Instituto Semear, que oferecerá bolsa auxílio de permanência universitária, e AfroFrund, que dará suporte financeiro para o acesso aos estudos e financiamento de bolsas de estudos.

Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero na Fundação Tide Setubal, detalha que a ideia é provocar em cada novo parceiro da plataforma um exercício para avaliar quais oportunidades para pessoas negras estão sendo oferecidas em suas próprias instituições: “Ou seja, estimulamos também a reflexão sobre de que modo as instituições estão olhando para a diversidade no seu quadro de colaboradores. Para além da bolsa, esses parceiros precisam se questionar: há pessoas negras em cargos de decisão nos nossos espaços?”.

Denise Silva, gerente de Equidade Racial do Vetor Brasil, explica: “A campanha é uma grande oportunidade para fortalecer o Programa Ubuntu na sua missão de impulsionar a diversidade racial no setor público, para promover políticas públicas antirracistas. Acreditamos que é essencial ter pessoas negras no poder, tomando decisões sobre pautas que as interessam. O Programa combina uma proposta de formação, desenvolvimento profissional e criação de rede para tornar isso possível. A campanha da Plataforma Alas é uma alavanca colaborativa que nos faz mobilizar seguidores, antigos participantes, empresas, influenciadores, apoiadores e todo o nosso time, entendendo que juntos a gente chega mais longe nesse propósito!”.

Ana Carolina Velasco, gerente de Relacionamento Institucional do Insper, reforça que a parceria com a Plataforma Alas permite que o Insper amplie a oferta de ensino superior de qualidade a jovens negros, contribuindo para transformar realidades e criar novos caminhos e oportunidades profissionais: “É muito importante para nós, como instituição, fortalecer a diversidade étnico-racial do corpo discente, e essa meta transborda para um futuro com mais diversidade e equidade racial também no mercado de trabalho brasileiro”, completa.

A bolsista Aline Durans, integrante do Programa Ubuntu — Desenvolvendo Lideranças Negras no Setor Público, no Vetor Brasil, diz que, além do aprendizado, a bolsa de estudos propiciou o resgate da autoestima profissional: “A autoconfiança profissional e pessoal de que eu sou capaz. Eu consegui uma bolsa em uma universidade bem vista no campo do conhecimento público. Ser uma pessoa negra e trabalhar na gestão pública é muito desafiador, ainda mais na gestão de São Paulo”.

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