Futebol Feminino – Pelé em sua versão mulher

Enviado por / Fontepor Rodnei Jericó

Artigo produzido por Redação de Geledés

Podemos afirmar que o futebol é o esporte mais popular no mundo, assim como de que o Brasil tem e teve tanto no futebol masculino quanto no feminino, os dois melhores atletas da modalidade ? Certamente que sim. Marta prova mais uma vez de que a mulher deve ter seu espaço reconhecido neste mundo do futebol.

Aos 32 anos, eleita pela 6ª vez bola de outro FIFA, mostra o quanto as mulheres têm de capacidade para desmistificar e alavancar o futebol feminino no Brasil.

A Confederação Brasileira de Futebol – CBF, em 2017 finalizou o regulamento de licença de clubes para que em 2018 o futebol feminino deixe de ser opcional e passe ser obrigação de todos os clubes filiados.

De acordo com o matéria do https://epoca.globo.com/esporte/epoca-esporte-clube/noticia/2018/06/cbf-fatura-alto-com-selecao-brasileira-eis-de-onde-vem-e-para-onde-vai-o-dinheiro.html, a CBF é quinta entidade que mais receita aufere, principalmente de patrocínios. Para onde via todo este recurso ?

Imagina-se de que a CBF, invista maciçamente em futebol, inclusive no feminino. Tomando por base de que a CBF tem gastos muito pequenos, comparativamente ao que seria necessário para manter toda a infra-estrutura, pois os atletas tem seus salários pagos pelos clubes, estádios em geral são públicos, entre muitos outros pontos que alavancam de forma astronômica a receita e mantêm a despesas da CBF muito baixas.

Dados apontam que da receita de 530 milhões em 2017, apenas 5% foram destinados ao futebol feminino, que ainda tem de dividir este recurso com as categorias de base, ao passo de que 18% foram destinados a seleção masculina e 34% para os custos de RH e infra-estrutura da própria CBF.

Primeiro ponto que nos chama a atenção. Com o investimento de menos de 5% de sua receita, temos por seis vezes a melhor atleta do mundo eleita pela FIFA. Creio que sendo o futebol o esporte mais popular no mundo e no Brasil, deveríamos ter um sistema de monitoramento destes recursos, para que fossem melhor divididos e assim possamos ter maior investimento e resultados. Muitas Martas podem ser pinçadas Brasil afora, mas por hora o que temos é apenas o esforço pessoal e qualidade técnica de uma mulher brasileira reconhecidos, sendo necessário ainda de que as confederações e federações atentem de forma objetiva para futebol feminino.

É verdade de que um passo já foi dado, a obrigatoriedade de calendário e investimento dos clubes na modalidade, mas me parece que a entidade CBF poderia fazer em termos orçamentários muito mais do que faz.

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