Games em geral discriminam mulheres e negros

Pesquisa mostra que maior parte dos personagens em jogos são homens brancos; latinos, velhos e crianças também são pouco retratados
Quem acha que deveriam ser lançados mais jogos com mulheres como Lara Croft, vai concordar com os resultados da pesquisa de Dimitri Williams e uma equipe da Universidade da Carolina do Sul. De acordo com eles, os jogos mais vendidos possuem muito mais homens brancos do que mulheres e outras minorias.

 

O estudo foi baseado nos dados de nove plataformas diferentes, e analisou 150 dos jogos mais vendidos no período de 2005 a 2006, mas não incluiu plataformas mais atuais como Nintendo Wii e Playstation 3. Williams disse que seu estudo foi feito para complementar os outros já existentes, que se apoiaram em todos os jogos feitos, e não apenas nos de maior sucesso.

 

Ele e sua equipe constataram que apenas 15% dos títulos possuem mulheres como protagonistas, e que os personagens latinos ficam com míseros 2%. “A indústria de jogos não focou nas mulheres, apesar de elas representarem 38% de todos os jogadores” disse. A pesquisa também mostrou que 15,2% dos jogadores são compostos por latinos. Idosos, crianças e nativos americanos possuem números inexpressivos.

 

Negros aparecem em melhor situação, aparecendo bastante nos jogos, mas ficam para trás quando se observam seus perfis, a maioria gângsters e pessoas da rua em jogos como Grand Theft Auto e 50 Cent Bulletproof. “Se eu fosse um negro, ficaria descontente com a fraca qualidade dos meus retratos. Se fosse um hispânico, ficaria descontente com a falta de retratações” afirmou Williams.

 

Para Williams, a explicação para esse acontecimento é uma só: os desenvolvedores desses jogos também são, em sua maioria, homens e brancos, e tendem a criar personagens parecidos com eles mesmos, noticiou o site Switched .

 

Segundo o site LiveScience ignorar os consumidores dessa forma pode ser um erro. Isso porque o público que compra os jogos não é mais formado apenas por homens brancos adultos. Crianças e mulheres representam hoje uma grande parcela dos consumidores. “Eu sou o alvo deles, sou um cara branco de 30 anos. Mas o país não se parece mais comigo” comentou Williams.

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