Entre 3000 e 5000 pessoas marcharam, este sábado, em Atenas, contra o racismo e o aumento das violência xenófoba na Grécia. A manifestação foi convocada na sequência da morte de um imigrante paquistanês, esfaqueado por dois homens, nos subúrbios da capital, quando seguia de moto para o trabalho na quarta-feira de manhã.
Dois gregos, de 25 e 29 anos, foram detidos pela polícia que, para além armas brancas e munições, encontrou inúmeros panfletos do partido de extrema-direita radical “Aurora Dourada” em casa de um dos suspeitos.
Para um responsável da comunidade paquistanesa, o governo grego tem de “tomar medidas e demonstrar que existem leis, que não vivemos na selva” e que as “pessoas podem ser punidas”.
Antes, cerca de 300 paquistaneses reuniram-se em oração perante o caixão do compatriota morto. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados afirma que os ataques racistas na Grécia subiram para níveis alarmantes durante a crise.
A Grécia é a porta de entrada para mais de 80% dos imigrantes ilegais que chegam anualmente à União Europeia.
Os ultranacionalistas do “Aurora Dourada”, que defendem a expulsão dos imigrantes ilegais, alcançaram 7% dos votos nas últimas eleições e entraram pela primeira vez no parlamento. As últimas sondagens colocam o partido como terceira força política grega com mais de 10% das intenções de voto.
Fonte: Europe News