Grupo de skinheads espancam três jovens

O grupo skinheads de cinco jovens, entre eles quatro menores, que atacou três rapazes na avenida Paulista na manhã deste domingo é apontado como responsável por um terceiro ataque. Um jovem de 18 anos identificou os cinco pela agressão que sofreu quando saía do trabalho na avenida Brigadeiro Luís Antônio, quase esquina com a Paulista, por volta de 1h30.

A polícia já relacionou este novo caso com os dois registrados mais cedo.

Segundo o boletim de ocorrência, os cinco jovens se aproximaram da vítima dando socos no rosto. Ele se desequilibrou e foi atingido na nuca. Em seguida, todos os jovens começaram a dar chutes e socos no rapaz, já caído no chão.

Durante a agressão, ainda segundo o boletim de ocorrência, o celular e a carteira da vítima caíram, e foram levados pelos agressores. A blusa dele também foi arrancada.

O jovem foi socorrido pelo irmão de 25 anos, que é manobrista, e compareceu à delegacia para prestar queixa na tarde de hoje.

A vítima chegou mancando ao 5º Distrito Policial (Aclimação), com ferimentos no rosto.

INVESTIGAÇÃO

A polícia investiga se os ataques têm motivação homofóbica –inicialmente, a PM informou erroneamente que os presos eram skinheads. Segundo o boletim de ocorrência, durante a agressão os rapazes diziam coisas como “suas bichas” e “vocês são namorados”.

O delegado Alfredo Jang, do 5º DP (Aclimação), informou os menores serão transferidos para a Fundação Casa hoje à noite, e o maior será encaminhado para o 2º DP. Jang indicou que eles devem responder por formação de quadrilha, porque estavam em cinco, e lesão corporal gravíssima tentada. Além disso, afirmou que, “no mínimo”, eles estavam alcoolizados.

A mãe de um dos menores, de 16 anos, disse  que o filho teve uma “atitude infantil”. “Recebi a ligação quando ele já estava detido. Foi uma atitude infantil. Ele sai sempre com os amigos e nunca aconteceu absolutamente nada. É um garoto que tem boas notas. Estou constrangida pela situação.”

Ela contou ainda que os rapazes detidos estudam juntos em um colégio do Itaim Bibi, bairro nobre da região oeste de São Paulo.

OS ATAQUES

À reportagem, João*, 20, contou que ele e Marcos *, 19, tinham acabado de sair de uma festa e esperavam um táxi quando viram o grupo de cinco rapazes atravessando a rua em direção a eles. Segundo João, estavam bem vestidos, usando roupas de marca, conversando e rindo. “À primeira vista, pareciam inofensivos. Quando passaram pela gente, um deles me agrediu na cabeça com um soco”, conta.

Cada uma das vítimas fugiu para uma direção. João conta que correu para uma estação de metrô. “Apanhei até entrar no metrô. Ainda tropecei e caí na escada.”

Quando estava seguro, ligou para o celular de Marcos, e uma mulher atendeu. Ela relatou que o rapaz estava no chão, sangrando, muito machucado e precisando de ajuda. Socorrido no pronto-socorro Vergueiro, ele foi transferido depois para o hospital Oswaldo Cruz.

“É um trauma, nunca se espera que vá acontecer isso, tão de repente. É inacreditável”, lamenta João.

Após esse primeiro ataque, os cinco rapazes continuaram caminhando pela avenida Paulista, levando barras de lâmpadas nas mãos, quando cruzaram com outros três jovens saindo de uma lanchonete.

Desta vez, Bruno*, 23, foi o único agredido. Segundo o boletim de ocorrência, os jovens bateram com a barra de lâmpada na cabeça dele. Quando Bruno estava curvado, recebeu uma segunda pancada no rosto, relatou, e depois vieram socos no tronco e na cabeça.

Uma testemunha presenciou a segunda agressão e chamou a polícia. Os cinco jovens foram detidos.

Fonte: Tudo Global

Grupo usou lâmpadas para agredir jovens na avenida Paulista

Ao menos três pessoas foram agredidas na manhã deste domingo, na avenida Paulista, em São Paulo, por cinco jovens. O primeiro ato do grupo foi contra duas pessoas que estavam próximas à estação Brigadeiro do metrô. Os cinco jovens seguiram na avenida e, 200 metros depois, atacaram mais um jovem munidos de duas lâmpadas fluorescentes.

 

Uma testemunha viu a agressão e ligou para a polícia, que chegou rápido ao local e deteve os jovens em flagrante. Quatro deles eram menores de idade.

A suspeita da polícia é de que o ato foi cometido por homofóbicos. “Suas bichas, vocês são namorados. Vocês estão juntos”, teria gritado um dos cinco jovens antes de partir para o ataque, segundo testemunhas. Ao contrário do que foi informado pela PM no início da manhã, as vítimas dizem que os agressores não faziam parte de nenhum grupo skinhead. Estariam, inclusive, trajando roupas de marca.

O rapaz que sofreu a segunda agressão é o estudante Luis Alberto, de 23 anos, que saía de uma lanchonete com outros dois amigos e revela ter reagido. “Quando passaram pela gente, vimos que um deles levava duas lâmpadas grandes nas mãos. Ele me chamou. Quando virei, ele já me atacou no rosto com a lâmpada. Em seguida, usou a outra lâmpada”, afirmou. “Se não tivesse reagido, teria apanhado menos, mas eu não me arrependo”, contou.

Segundo a polícia, os quatro agressores menores de idade serão transferidos para a Fundação Casa ainda hoje. O maior será encaminhado para o 2º DP. Todos devem responder por formação de quadrilha, já que agrediram em bando, e lesão corporal gravíssima.

O caso foi registrado no 5º DP, na Aclimação.

Fonte: e-Band

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