Hoje ídolo do Corinthians e jogador de seleção brasileira, Paulinho quase desistiu do futebol. Sem experiência em times grandes, o volante saiu do Brasil aos 17 anos para defender o Vilnius, da Lituânia. E foi assim que quase tornou-se um desconhecido no Brasil. Não porque seria mais um dos anônimos brasileiros que fazem carreira na Europa, mas sim porque viveu um dos lados tristes do esporte: o racismo.
– Quando saía na rua lá, torcedores instigavam na intenção de agredir, falavam alguma coisa racista, começavam a imitar macacos… Em alguns jogos, as pessoas imitavam macaco e jogavam moedas. Aquilo foi incomodando. Passou um tempo, e eu já não estava feliz por estar longe. Sofria muito.
Foi graças ao apoio da família que Paulinho buscou forças para seguir seu caminho no mundo da bola, como conta a esposa, Bárbara Maciel.
– Ele falou assim: “Estou pensando em desistir”, e uma coisa eu sempre falava para ele: “Se Deus nos colocou onde estamos, é porque tem um propósito para a nossa vida. Vamos ser firmes. Vamos lutar que vai vir a vitória – lembra a ela.
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Fonte: Globo Esporte