No comando do “Jornal da Cultura” há uma semana, a jornalista Joyce Ribeiro ainda está sob impacto da repercussão que a sua contratação causou. “Minha chegada ainda é envolta nesse estranhamento. Ainda é uma notícia”, diz, em entrevista ao UOL. “Em 2018, a presença de uma mulher negra em papel de destaque na TV é tão questionada e chama tanto a atenção”, suspira (veja no vídeo acima).
Por Mauricio Stycer Do Uol
Ao longo da conversa (a íntegra pode ser vista abaixo), Joyce mostrou engajamento com a questão do combate ao racismo e compreensão sobre a falta de representatividade dos negros em posições de destaque não apenas na televisão, mas na sociedade, de um modo geral.
“A gente vive um momento de tomada de consciência. Já há uma percepção de que enquanto estiver bom apenas para uns em detrimento de uma situação completamente desfavorável pro todo, não estará bom pra ninguém”, diz. “Esta é uma percepção que vem se espalhando muito lentamente, mas tem sido, sim, notada. A minha presença é sim motivo de comemoração. Mas a gente ainda está num início de processo”.
Na entrevista, Joyce também falou sobre a sua passagem de 12 anos pelo SBT, onde apresentou diversos telejornais. Comentou sobre a onda de informalidade no telejornalismo atual. E elogiou os esforços de promover interação com os espectadores.
