Justiça muda atestado de óbito de Herzog, e lesões e maus-tratos passam a ser a causa da morte

Jornalista era considerado um suicida pela versão da ditadura brasileira

O Tribunal de Justiça de São Paulo retificou o atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, morto na época da Ditadura no Brasil. Agora, ao invés de a causa morte constar como suicídio, passa a ser “morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército – SP (Doi-Codi)”.

O jornalista foi capturado, torturado e morto nas dependências da polícia política do País em outubro de 1975, em São Paulo. A decisão atende a um pedido feito pela Comissão nacional da Verdade, representado pelo ministro Gilson Dipp, a pedido da viúva de Herzog, Clarice. A comissão tem a função de esclarecer violações aos direitos humanos cometidas na époda ca ditadura.

A decisão, de responsabilidade do juiz Márcio Martins Bonilha Filho, ressalta que o pedido da comissão conta com base legal para ser cumprido. No momento, destacou-se que o laudo possuía inconsistências, o que motivou a retificação.

Perseguição e morte

Herzog era jornalista, e foi convocado pelo Exército a prestar depoimento sobre suposta ligação com o partido comunista. Ao comparecer, houve a tortura e a consequente morte de Vladimir.

O laudo da morte de Herzog foi assinado pelo médico Harry Shibata, que declarou a causa da morte como suicídio, sem ter visto ou feito análise no corpo do jornalista.

 

Fonte: R7

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