Luta contra racismo destaca Nova Mutum no site do Unicef

Quem acessar o site do Unicef hoje vai se deparar com o relato da coordenadora de Cultura Zizelle Ferreira, destacando o trabalho da rede pública municipal na luta contra o racismo. O depoimento sobre o projeto Harakati Zumbi está publicado na seção “Minha Ação Contra o Racismo” (ou leia no final desta materia) um trabalho importante que vem alcançando resultados positivos. “Nova Mutum tem em sua base uma comunidade formada em grande parte por povos do Sul que se organizaram e viram a pequena cidade crescer e aconchegando pessoas de todas as regiões desse país. Por conta do crescimento econômico, chegam, também, pessoas de outros países”, contou Zizelle.

O relato continua: “negros mato-grossenses, nortistas, nordestinos e indígenas ocupam lugares de menor destaque e tem em mãos o baixo poder aquisitivo, informação constatada via pesquisa de uma educadora há mais de três anos”, disse. Com a descrição desse cenário, ela, então, pôde mostrar como, por meio de políticas públicas, o Departamento de Cultura, ligado à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, vem construindo um movimento que visa justamente combater os vários tipos de preconceitos, especialmente, o racial via desenvolvimento do projeto. “O primeiro Movimento da cultura Africana e Afro-Brasileira denominado “Harakati Zumbi”, foi realizado em 2010″, pontuou a coordenadora.

Conforme avaliação de Zizelle, esse evento representou a “grande vitrine” das manifestações artístico-culturais afro-brasileiras por proporcionar aos participantes um ambiente de debates, conscientização e troca de experiências. “Esta ação cultural começou a ser realizada através de uma parceria com o Instituto Mandala, Coletivo Maloca, Cia Ayolwa, Grupo Aruandê Capoeira e Terra do Sol empreendimentos, com o apoio da Secretaria do Estado de Cultura através do Fundo Estadual de Fomento à Cultura que objetiva destacar manifestações de fortalecimento racial”, destacou.


Nossa ação: Projeto Harakati Zumbi, Nova Mutum 

Publicado em Minha ação contra o racismo

“Nova Mutum tem em sua base uma comunidade formada em grande parte por povos do Sul e que se organizaram e viram a pequena cidade crescer e aconchegando pessoas de todas as regiões desse país. Por conta do crescimento econômico, chegam, também, pessoas de outros países.

Negros matogrossenses, nortistas, nordestinos e indígenas ocupam lugares de menor destaque e tem em mãos o baixo poder aquisitivo, informação constatada via pesquisa de uma educadora há mais de 3 anos.

A partir desta realidade, o Departamento de cultura de Nova Mutum realizou o Primeiro Movimento da cultura Africana e Afro brasileira denominado “Harakati Zumbi”, em 2010. Este evento representou a grande vitrine das manifestações artísticas e culturais afro-brasileiras por proporcionar aos participantes um ambiente de debates, conscientização e troca de experiências.

O evento aconteceu durante todo o segundo semestre e foi composto por palestras, seminários, mostra de cinema negro, intervenções artísticas, fórum e diversas oficinas que objetivaram atender um público de perfil multiplicador: crianças, jovens, adultos e idosos de todas as idades e classe social, educadores, empresários, artistas e produtores locais.

Algumas das oficinas já realizadas foram: percussão; dança afro; tranças e penteados afro; dança de rua; documentários, máscaras africanas e contação de estórias. O evento representou uma excelente oportunidade de disseminar e renovar o compromisso com a cultura afro-brasileira em nosso município por meio da gestão pública quando vimos, enfim, o comprometimento com a Lei 10.639/03.

Esta ação cultural começou a ser realizada através de uma parceria com o Instituto Mandala, Coletivo Maloca, Cia Ayolwa, Grupo Aruandê Capoeira e Terra do Sol empreendimentos, com o apoio da Secretaria do Estado de Cultura através do Fundo Estadual de Fomento à Cultura que objetiva destacar manifestações de fortalecimento racial.

Neste mês as ações aconteceram em torno da literatura infantil, através das bibliotecas municipais. Até o momento, atendemos a um público de 5.000 pessoas nestas atividades. É com satisfação que partilhamos aqui nossa ação.”

Relato enviado por Zizelle Ferreira, Coordenadora de Cultura de Nova Mutum

+ sobre o tema

Por que mandaram matar Marielle Franco? Essa agora, é a pergunta que não se cala…

Seis anos depois e finalmente o assassinato de Marielle...

Mulheres sambistas lançam livro-disco infantil com protagonista negra

Uma menina de 4 anos, chamada de Flor de...

Poesia: Ela gritou Mu-lamb-boooo!

Eita pombagira que riscaseu ponto no chãoJoga o corpo...

para lembrar

Mackenzie expulsa estudante que gravou vídeo armado e ameaçou matar negros

Pedro Baleotti, eleitor de Jair Bolsonaro, divulgou um vídeo...

Urban Outfitters é acusada de racismo

Mais uma da Urban Outfitters! Depois de ser processada...

Shopping de área nobre de SP quer apreender crianças de rua e entregar para PM

Estabelecimento no bairro de Higienópolis, uma das regiões mais...
spot_imgspot_img

Quanto custa a dignidade humana de vítimas em casos de racismo?

Quanto custa a dignidade de uma pessoa? E se essa pessoa for uma mulher jovem? E se for uma mulher idosa com 85 anos...

Unicamp abre grupo de trabalho para criar serviço de acolher e tratar sobre denúncias de racismo

A Unicamp abriu um grupo de trabalho que será responsável por criar um serviço para acolher e fazer tratativas institucionais sobre denúncias de racismo. A equipe...

Peraí, meu rei! Antirracismo também tem limite.

Vídeos de um comediante branco que fortalecem o desvalor humano e o achincalhamento da dignidade de pessoas historicamente discriminadas, violentadas e mortas, foram suspensos...
-+=